Compete 2020 financia projetos que promovem a Transformação Digital das PME nacionais

A Transformação Digital está na ordem do dia e é um tema incontornável para qualquer empresa que se pretenda manter competitiva nos próximos anos. O recurso ao digital é indispensável para assegurar a máxima eficiência do negócio a vários níveis. O digital tem assim vindo a alterar as empresas e os seus processos, das vendas ao apoio ao cliente, da investigação e desenvolvimento à administração, passando pela área financeira e claro, pelo marketing.

O mundo enfrenta uma grande onda de mudanças: a tendência da transformação digital não pode ser interrompida e tem implicações estruturais em todos os aspectos da sociedade, incluindo vida privada, administração pública, estrutura industrial e emprego.   A economia atual atravessa uma enorme transformação e está a entrar em terreno novo: Do Industrial e serviços para o tecnológico e digital, surgem novas empresas com processos mais modernos, simples e interativos entre fornecedor e consumidor, que proporcionam melhores experiências, substituindo anteriores modelos de negócio.

O mundo da computação é tão natural no nosso dia a dia que hoje o nosso mundo seria quase impossível de imaginar sem este conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica, de ensino e aprendizagem entre outras.

Não estamos no momento zero da transformação digital. Numa perspectiva geral, qualquer negócio tem, no mínimo, um website. Ou então, gere os seus processos de produção recorrendo a tecnologias que permitam monitorizar cada equipamento, prever níveis de produção e, entre outras, assegurar a qualidade.Contudo é preciso perceber que, ao mesmo tempo que ter um website, por exemplo, significa não estar no momento zero, não significa estar num estado avançado de transformação digital. A transformação digital é muito mais do que isto: Envolve justar o modelo de negócio beneficiando dos avanços tecnológicos, repensar os processos internos e a gestão da relação com o cliente . Atualmente os clientes estão online.  Logo pensar o negócio passa por pensar estrategicamente o digital.

Esta revolução silenciosa acelerada pelo contexto da pandemia otimiza toda a cadeia de valor de uma organização, reduzindo custos e/ou aumentando a produtividade dos processos. Através da digitalização e automatização dos processos tradicionais – desde a conceção à produção, passando pelo atendimento ao cliente e pós-venda, estes tornam-se mais transparentes e interligados. O resultado é visível: maior satisfação para o cliente e maior sustentabilidade para a empresa.

Nesta edição apresentamos lhe 4 projetos desenvolvidos no contexto das Ações Coletivas - instrumento de apoio á envolvente empresarial - que disponibilizam às PME nacionais soluções digitais que contribuem para a sua reinvenção e competitividade 

Falamos com Silvia Vara, Gestora do projeto PME Digital falou da Transformação Digital e do contributo do COMPETE 2020 para a realização do projeto. O Projeto PME Digital, é promovido pelo ISQ, TICE.PT- Cluster das Tecnologias de Informação Comunicação e Eletrónica e pela Escola Superior de Media Artes e Design do Instituto Politécnico do Porto. Através de um mapeamento da situação e partida relativamente à Transformação Digital, avaliação do nível de maturidade das Empresas Portuguesas, levantamento de boas práticas e lessons learned nacionais e internacionais, o Projeto PME Digital deixa como testemunho a Plataforma HUB Acelerador Digital (https://hub.pme-digital.pt), com uma diversidade de conteúdos e ferramentas.

Entrevistamos Jorge Marcolino, Diretor da Área Internacional da AEPortugal que fez um balanço do projeto “Portugal Digital Export” . Este projeto apoiou PME´s a melhorarem o seu negócio como, na sua globalidade, incentivou a transformação digital, a adoção de estratégias atuais e digitais e potenciou o nome dos produtos portugueses nos mercados externos. No âmbito deste projeto foi ainda disponibilizada uma Ferramenta de Autodiagnóstico que pode ser usada em qualquer momento e que permite aferir o potencial de internacionalização das empresas ao nível digital. Esta Ferramenta permitirá contribuir para a reflexão sobre a estratégia de internacionalização implementada e em curso ou mesmo a implementar pelas empresas portuguesas.

Sobre o projeto DreAM – DigitAl Management, conversamos com António Tadeu, Presidente da Direção do ITeCons que destacou a disponibilização de uma plataforma web através da qual as empresas beneficiárias podem aceder para criar gratuitamente um website empresarial (com uma montra de produtos e loja online) e respetivos módulos de gestão de Clientes, Fornecedores, Recursos Humanos e Documentos. De modo a reforçar o efeito da Ação Coletiva, está previsto que as empresas utilizadoras desta solução possam divulgar os seus produtos num Marketplace global, aumentando a probabilidade de visualização por um alargado número de potenciais clientes. 

Entrevistamos Alexandre Nilo Fonseca, presidente da ACEPI, entidade promotora do projeto Comércio Digital, que nos falou dos desafios que defrontaram e os resultados obtidos bem como das consequências que a pandemia da COVID 19 teve na realização do projeto.O programa Comércio Digital é uma iniciativa conjunta da ACEPI e da CCP – Confederação do Comércio e dos Serviços de Portugal, apoiada pelo Ministério da Economia e da Transição Digital. A segunda fase do projeto Comercio Digital, que decorrerá até 2021, foi apresentada pelo presidente da ACEPI esta terça-feira, 16 de junho, e promete uma intensificação da meta de modernizar o setor do comércio e dos serviços. Entre as medidas da 2ªetapa “…está um novo site com tutoriais e legislação, um diretório com todas as iniciativas nacionais, regionais e setoriais de comércio de proximidade, uma linha telefónica de apoio gratuita (800 100 236) e um ciclo de seminários semanais, além da conhecida academia com formações (sobre como criar um site, por exemplo) e do selo “Confio” em parceria com a Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor.”