Os alimentos que cuidam de nós e um setor que se preocupa com o planeta
A preocupação com a saúde mental e procura por produtos alimentares com mais valores éticos e capazes de fortalecer laços sociais serão os grandes influenciadores das marcas alimentares, que também estarão mais concentradas em oferecer experiências de compra mais seguras, higiénicas e interativas. Tendências foram apresentadas a 11 de Fevereiro num webinar promovido pela PortugalFoods.
A pandemia redefiniu os comportamentos humanos, o que se reflete também nas escolhas alimentares dos consumidores. Estas alterações são determinantes para o futuro do setor agroalimentar, com a indústria a ter de se alinhar e preparar para responder às tendências de inovação do setor, que giram em torno de três vetores fundamentais para os consumidores: bem-estar, valor e identidade. De acordo com a consultora internacional especializada Mintel, a Covid-19, pelo profundo impacto que tem na sociedade, acelerou exponencialmente as tendências de inovação que se previam para a próxima década. No setor agroalimentar, 2021 já é o futuro.
Destacamos das tendências apresentadas , para procura pelos consumidores , cada vez mais, valor acrescentado nas suas compras, por exemplo, “segurança alimentar”, uma alteração que vai levar as empresas a serem “mais transparentes sobre a política de preços e a darem mais detalhes” sobre ingredientes e processos.
O estudo sublinhou ainda que os retalhistas têm agora oportunidade de lançar produtos com “preços alinhados com declarações éticas e ambientais”, sendo os produtos nutritivos e saudáveis uma das prioridades.
O crescimento das preocupações ambientais tem um profundo reflexo neste setor e não podiamos deixar de destacar o relatório que a Bio-based Industries Consortium (BIC), a principal associação europeia do setor que tem como missão incluir a circularidade, a inovação e a sustentabilidade como prioridade central da bioeconomia na Europa, acaba de publicar que identifica as oportunidades para uma transição para a economia verde e para o desenvolvimento sustentável em Portugal. Impossível não avaliar o contributo deste setor para um outro setor emergente : a bioeconomia. Portugal tem clusters e organizações que apoiam a bioeconomia e a pesquisa de base biológica, a inovação e as atividades industriais.
Esta semana : - conheça o projeto Allergen Screen que desenvolveu uma solução que identificasse, «numa amostra de alimento, as espécies biológicas consideradas alergénicas e/ou potencialmente causadoras de intolerâncias alimentares». A equipa responsável na ControlVet fez um ponto de situação deste projeto concluído em 2020 e com aplicações não só para a área alimentar, como para a área ambiental ou microbiologia.
- Conversámos com Raquel Sousa, Diretora de Unidade na INOVA+ e responsável do projeto AgroDoIT, que visa melhorar a competitividade e eficiência da indústria agroalimentar nacional ao estimular de uma forma inovadora a utilização das TIC ao longo de toda a cadeia agroalimentar.
- Entrevistamos Carla Rodrigues, Coordenadora Técnica e Científica do Eco4Coffee que nos falou deste projeto cofinanciado pelo COMPETE 2020. Este projeto desenvolveu produtos inovadores e únicos no mercado da indústria do café - embalagens para café à base da cascarilha de grão de café - gerando novo conhecimento científico na área dos materiais compósitos e grau de inovação elevado.
Fonte: Estudo elaborado pela Portugal Foods