Novas competências e qualificações: o Futuro da competitividade num mundo em mudança

Nesta semana vamos apresentar-lhe projetos apoiados pelo COMPETE 2020 que apostam na qualificação e desenvolvimento de competências, em conhecimento e em novas formas de aprendizagem. E porque o programa orientado para criar as condições para um Portugal mais competitivo apoia estes projetos : porque as qualificações, as competências , a produção de conhecimento , o estímulo da criatividade, são essenciais para a competitividade.

Por isso o COMPETE 2020 integra na sua estrutura o apoio a ações de formação de ativos em projetos integrados ( empresariais e de entidades da Administração Pública), em projetos de formação –ação, essenciais para desenvolver competências de gestão nas nossas empresas e ações de capacitação da Administração Pública.

Para nos falar desta relação direta entre competitividade e qualificações e competências pedimos a Alexandra Vilela, vogal da Comissão Diretiva que nos desse a sua opinião sobre a mesma.

                                                                 

Testemunho

da Drª. Alexandra Vilela,

Vogal da Comissão Diretiva do COMPETE 2020

 

 

Um dos factores centrais da competitividade de uma economia é a qualificação dos seus recursos humanos - se a existência de qualificações não permite, por si só, assegurar maiores níveis de desenvolvimento socioeconómico, sem a existência de competências não é possível apanhar o “comboio do desenvolvimento”, ou seja, é central a integração da educação e formação ao longo da vida nas políticas públicas, como factor chave do processo.

A escola deve ser um espaço de socialização e de aprendizagens, sobretudo baseadas na experiencia de aprender  - num tempo multimédia, recheado de estímulos e de informação, as aprendizagens devem assumir esta dimensão de trabalho colaborativo, projectando nos jovens conhecimentos e competências, integrando varias dimensões do saber - o saber estar, o saber fazer e o saber ser

Também as empresas devem promover estas dimensões, desenvolvendo a aprendizagem ao longo da vida, visando dispor de uma mão-de-obra qualificada e adaptável, capaz de dar resposta aos desafios da inovação e da mudança, o que constitui a base de todas as empresas de sucesso.

As políticas públicas de promoção das Qualificações assumem o reconhecimento da importância das pessoas nos processos de desenvolvimento – as competências permitem às empresas inovar e ganhar mercados nas novas cadeias de produção mundial, mas garantem também o exercício de uma cidadania mais ativa e informada, garante de uma sociedade mais democrática e com maiores níveis de coesão interna.

 

Neste contexto esta semana vamos apresentar-lhe projetos que colocam direta ou indirectamente o foco no desenvolvimento de qualificações e competências : projetos de empresas que desenvolvem produtos inovadores para novas formas de aprendizagem, projetos de entidades do sistema científico que desenvolvem apps que permitem abordar questões complexas de forma lúdica e onde aprender se torna intuitivo. Ou projetos que unem as entidades do ensino superior nacional permitindo ganhar matéria critica para se tornar concorrencial no mercado global.

 

  • Projeto “Nautilus no mundo digital e internacional”

A empresa NAUTILUS tem implementado a sua estratégia assente na diferenciação, apostando na inovação ao nível dos conceitos de produto, dos processos de fabrico e dos materiais incorporados, de forma a que a empresa seja uma referência no mercado europeu do mobiliário escolar e tenha uma posição de liderança nos aspetos da inovação e oferta. Empresa de referência na oferta de soluções de aprendizagem interativa, este projeto pretende reforçar a presença da Nautilus  nos mercados externos, através de uma estratégia de internacionalização estruturada, com uma forte aposta na economia digital.

 

  • Projeto Poli Entrepreneurship Innovation Network (PIN)

Este projeto tem na sua base a maior rede de empreendedorismo nacional no ensino superior politécnico, concebida com o objetivo de promover a cultura empreendedora, motivando o desenvolvimento da criatividade e ideias inovadoras.

O PIN tem a mais-valia de congregar os esforços no âmbito da promoção e desenvolvimento de competências empreendedoras de vertente empresarial e, através das atividades e ferramentas propostas e a desenvolver, alavancar o trabalho já desenvolvido, melhorando-o e abrindo-a a novos públicos, fazendo crescer o impacto e os resultados obtidos. O PIN propõe-se ser uma plataforma de interface entre sistema politécnico e empreendedores que permita desenvolver o apoio de coaching, mentoring e de facilitação que é necessário para o desenvolvimento de ideias, de soluções inovadoras, de planos de negócio e de criação de empresas e/ou registo de propriedade industrial comercializável.

 

  • Projeto UniversitiesPortugal.com

Encontrar as razões certas para ter uma experiência de estudos superiores no estrangeiro e para escolher Portugal. Encontrar também informações sobre 15 universidades, incluindo todas as universidades públicas e a Universidade Católica Portuguesa. É o propósito deste projeto, que promove o Ensino Superior de Portugal.

O projeto UniversitiesPortugal.com é inovador na medida que congrega diferentes Instituições de ensino na promoção do Ensino Superior em Portugal. Esta dimensão coletiva confere maior escala, visibilidade e importância às iniciativas conjuntas.

 

  • Projeto EduPARK

O objetivo do projeto EduPARK  é criar estratégias originais, atrativas e eficazes de aprendizagem interdisciplinar em Ciências Naturais, Físico-Químicas, Matemática, História, entre outras, através da criação de uma aplicação interativa em Realidade Aumentada (RA), com recurso a dispositivos móveis, suportando atividades baseadas em Geocaching, que será explorada por professores e alunos desde o ensino básico ao superior, em contextos de atividades ao ar livre, com potencial de utilidade também no domínio do turismo/público em geral.

A principal expetativa é que a combinação da tecnologia que é familiar aos alunos, juntamente com práticas de ensino em ambientes ao ar livre, permita potenciar as aprendizagens que deixam de ter lugar exclusivamente em sala de aula e se movem para espaços que os alunos exploram fisicamente.

04/09/2017 , Por Paula Ascenção