A ciência e inovação | Apostas cruciais para a competitividade

“O que vos proponho hoje é (…) uma visão de abertura da ciência dentro da União Europeia; é uma visão em que a ciência se cruza com a inovação; é uma visão de abertura da União em relação ao Mundo. Por isso mais do que nunca é bom relembrar o que a ciência mudou nos últimos 100 anos.” Carlos Moedas , 4July 2016, Lisbon

Estas palavras do Comissário Carlos Moedas dão o mote para o tema da Newsletter desta semana onde lhe vamos apresentar projetos de investigação científica que claramente são respostas a problemas de mercado. Ciência e inovação são dois pilares fundamentais para a competitividade nacional. E a aproximação que tem ocorrido entre os Centros de Saber e as empresas é prova de que ambos percebem as sinergias que podem acontecer e desta forma responder a questões cruciais para a Europa inclusiva e com um crescimento sustentável.

O novo conhecimento científico cria possibilidades de inovação, mas também coloca perguntas: qual ciência? Qual inovação? Para que a ciência crie impactos realmente radicais, ela precisa ser significativa num contexto amplo. Também é preciso rever algumas ideias sobre a organização e a estruturação da ciência, tornando-a cada vez mais multidisciplinar.

A inovação depende de Investigação &Desenvolvimento, que envolve por parte das empresas uma aposta financeira relevante, por isso o trabalho próximo dos centros de saber e e a valorização da transferência de conhecimento e tecnologia tem de ser feita com foco bem definido e perspectivas concretas de utilização. A inovação tem que satisfazer necessidades emergentes, e é essencial saber em que setores da agricultura, da indústria e dos serviços estão essas necessidades. Inovação tem impacto económico, estratégico ou social e, de novo, precisamos saber: em quais cenários? Em qual contexto? Para quem? A ciência em princípio beneficia a todos, mas a inovação frequentemente beneficia alguns.Se quisermos ter inovação, temos de educar para a inovação.

Nesta edição da Newsletter vamos apresentar-lhe 4 projetos onde o casamento entre inovação e ciência assumiu o principal protagonismo.

 

Projeto SmartCore

Cofinanciado pelo COMPETE 2020, o projeto SmartCore - promovido pela Vicaima, ITeCons e Universidade de Coimbra - visa o desenvolvimento de um novo conceito de painel, multifuncional, que incorpore soluções de isolamento acústico e térmico, inovadoras a nível mundial, com diversas aplicações, nomeadamente como elementos de separação e compartimentação de espaços, ou de encapsulamento de equipamentos.

 

Projeto ABSOLAR

Entrevistámos Luis Rebouta, investigador responsável pelo projeto supra que visa “o desenvolvimento de um revestimento de 4 a 5 camadas para absorção seletiva da radiação solar para aplicações que utilizem a tecnologia solar térmica concentrada”.

 

Projeto ECOLIVES

Pretende-se estimar o valor do controlo biológico natural em função do tipo de gestão de pragas aplicado sobre duas das principais pragas da azeitona - a mosca-da-azeitona e a traça-da-azeitona. Este projeto tem o propósito último de providenciar informação inovadora de aplicabilidade direta na gestão e orientadora no sentido do estabelecimento de políticas agrícolas que promovam a produção sustentável, beneficiando tanto a vertente económica, como a conservação da natureza e biodiversidade.

 

Projeto LifeSolar

O presente projeto concentra-se em aspetos de avaliação do tempo de vida dos componentes chave de coletores solares para baixas e médias temperaturas para estimular a internacionalização e um mercado de energia solar térmica mais confiável.

13/12/2017 , Por Paula Ascenção