PlantFood: bebidas vegetais, não-lácteos e funcionais
Entrevistamos Isabel Franco, investigadora da área de Plant-Based Product Development da Frulact, que nos falou do projeto PLANTFOOD. |
Considera que foram alcançados os objetivos definidos para o projeto? O período de execução deste projeto financiado decorre entre 2018-05 e 2021-05. Existe um longo caminho já realizado, certamente com sucesso, pelo desenvolvimento de produtos de carácter elevado do ponto de vista de inovação. A Frulact sempre teve a IDI como elemento fundamental de base estratégica para o desenvolvimento e sustentabilidade do seu negócio. A geração de produtos naturalmente saudáveis constitui um desafio para a indústria alimentar. Nós propusemo-nos a desenvolver produtos potencialmente funcionais e temos ainda a audácia de torná-los saborosos. Os principais objetivos do projeto, em parceria com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa (ESB-UCP) prenderam-se primeiramente num conjunto de caracterizações pormenorizadas e científicas das matérias-primas e produtos desenvolvidos. A integração das duas partes, universitária e empresarial, é de elevado mérito para ter o conhecimento aprofundado do material com que se trabalha diariamente. É um agente facilitador que proporciona uma distinção única no mercado global. O desenvolvimento de bases vegetais não lácteas e as suas aplicações finais está a ser um trabalho que revela a importância da inserção dos objetivos ao longo da cadeia de valor que a Frulact contacta todos os dias, por forma a ser reconhecida numa área inovadora. O projeto PLANTFOOD está a ser uma oportunidade de nos revelarmos na área Plant-Based, de impulsão mundial e de ampliação global e portanto de sucesso naquilo que nos propusemos. |
Quais foram os principais desafios com que se depararam no desenvolvimento do projeto? A inovação e o desafio são palavras que andam de mãos dadas. O desenvolvimento de produtos numa área que está a revolucionar o mundo alimentar, a mudar mentalidades e a criar uma rede estruturada e consistente no mesmo mercado é, por si só, aliciante. As competências adquiridas ao longo dos anos de desenvolvimento, de contacto com a indústria, do estudo de características específicas para trazer o que de melhor existe num produto alimentar são mais-valias tanto ao nível pessoal, como profissional. O conhecimento das matérias-primas e mesmo comunicação com fornecedores é de extrema importância para o desenvolvimento do projeto. A linha condutora de todo o processo de desenvolvimento de uma categoria de produtos B2B, ou seja, que são desenvolvidos a pensar numa aplicação comercial. É o desenvolvimento de ingredientes, pensando na sua aplicação final. O processo de desenvolver o ingrediente e a sua aplicação. Saber qual a melhor opção para que, o produto final alcançado desse origem ao maior número de aplicações possível e com características tecnicamente facilitadas para outra indústria trabalhar. O trabalho de desenvolvimento de um ingrediente alimentar passa por conceber algo que seja versátil, exequível, reprodutível industrialmente, prático e fácil de ser introduzido numa linha de produção alimentar de uma indústria final. |
De entre os resultados alcançados, há algum que gostariam de destacar? De entre os resultados alcançados mais prósperos ao nível de exequibilidade de negócio, porque será o derradeiro teste para quem tem a oportunidade de criar um produto no laboratório com o intuito de chegar a um determinado público-alvo é, sem dúvida, a base vegetal de origem, com o cereal de aveia. Sendo o nosso maior destaque, atualmente, o desenvolvimento de bases vegetais não lácteas, o foco e a minha escolha será sempre, em primeiro lugar enaltecer o cereal de elevado valor acrescentado – a aveia – que constitui a base primordial que deu origem a todas as outras combinações de bases vegetais existentes no portfólio produtos da empresa. A versatilidade, o aporte nutricional, a subtileza, as propriedades sensoriais são características únicas de um conjunto de bases vegetais para uma grande aposta na continuação do estudo e desenvolvimento de produtos. Estamos na linha da frente no que diz respeito à inovação e prospeção de mercado global alimentar. O interesse, por parte da indústria alimentar, na saúde e bem-estar da população mundial, das tendências flexitarianas, do estilo de vida do consumidor informado desencadeia a diferenciação de produtos disponíveis e o avanço acelerado da descoberta de novos movimentos e a sua globalização. |
O Apoio do COMPETE 2020
O projeto, que é promovido pela FRULACT - Indústria Agro-Alimentar, S.A. em parceria com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, conta com o apoio do COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Copromoção, envolvendo um investimento elegível de 500 mil euros o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 303 mil euros.
Links
Website | Escola Superior de Biotecnologia (UCP)
Facebook | Escola Superior de Biotecnologia (UCP)
Links Relacionados
Webpage | Frulact