Instrumentos Financeiros | Business Angels

Esta semana falamos de uma das tipologias de instrumentos, financiados pelo Compete 2020 e pelos Programas Operacionais Regionais do Continente: os Business Angels e contamos o percurso de algumas das empresas em que estas Entidades Veiculo investiram

 

O coordenador dos Instrumentos Financeiros do COMPETE2020, Ricardo Banha, explica-nos porque é que o capital de risco com financiamento público (comunitário ou nacional) constitui um produto que pode aportar lógicas de funcionamento ágeis para tornar boas ideias e fortes planos de negócio e eventualmente tornarem-se empresas sólidas no mercado.

Apresentamos 3 Entidade Veiculo que utilizam fundos de capital de risco com Fundos da União Europeia para apostarem em Startups e transformá-las em empresas de sucesso, como são os exemplos da Magikbee, MindProber, Barkin, Switchpayments e Sparkl

Ricardo Banha | Coordenador dos Instrumentos Financeiro do COMPETE2020

"O capital de risco é uma forma de financiamento de capitais próprios, temporária, mas que aporta para além do capital, envolvimento na gestão estratégica. Nas start- ups este envolvimento pode ainda funcionar como excelente forma de coaching em especial nas vertentes financeiras e de gestão organizacional.

Se o projeto for muito bom e tiver a divulgação indicada, é provável que um business angel ou uma capital de risco até contacte a empresa (ou os promotores da ideia se ainda não tiverem constituído a empresa), mas serão casos excecionais e tal como nos incentivos exigirá aos empreendedores um trabalho de venda do seu projeto e após conseguirem o contacto, de convencerem os investidores que têm uma ideia, um negócio e parceiros com quem desejam trabalhar. Se convencerem o investidor (business angel, capital de risco ou outro investidor) que são os parceiros certos, com o negócio certo, será “apenas” acertar o valor do financiamento.

O capital de risco com financiamento público, em especial com Fundos Europeus, tem algumas regras adicionais, mas que no geral até protegem as pequenas e médias empresas mais inovadoras e com mais dificuldades de recorrer a financiamento bancário e/ou privado, pois restringe o leque de beneficiários a empresas com menos de 7 anos de atividade, ou a empresas cujo plano de negócios é de tal forma impactante que ultrapassa 50% da média do volume de negócios anual nos 5 anos anteriores. Adicionalmente o projetos/planos de negócios têm de contribuir para os objetivos do programa operacional que vai financiar o intermediário financeiro, o que basicamente se expressa num projeto que acrescente valor à economia nacional, tenha potencialidades de internacionalização e cuja atividade seja desenvolvida com base na região elegível para o programa operacional.” 

No âmbito do Portugal 2020 existem para as PME actualmente três tipologias de instrumentos, financiados pelo Compete 2020 e pelos Programas Operacionais Regionais do Continente: Fundos de Capital de Risco; Business Angels  e o Fundo de Co-Investimento 200M

 

Ponto de Situação:

>Fundos de Capital de Risco>: Estão criados 15 fundos de capital de risco criados com cerca de 200 milhões de euros para investir. Já foram aprovados 60 investimentos em PMEs, com um montante global de 43 milhões de euros e um aumento previsto de cerca de 724 postos de trabalho

>Business Angels>: Estão criadas 35 sociedade de business angels criadas com 50 milhões de euros para investir. Já foram aprovados por estas sociedades >180 investimentos em PME, com um montante global de 25 milhões de euros e um aumento previsto de 805 postos de trabalho

>Fundo de Co-Investimento 200M

>Gerido pela PME Investimentos está a operar desde em setembro de 2018, trata-se de  um fundo de coinvestimento onde €100 milhões de dinheiros públicos vão alavancar €100 milhões de privados. Já foram aprovados 4> investimentos em PME, com um montante global de 27 milhões de euros e um aumento previsto de 198 postos de trabalho

 

Como é que o Fundos chegam às Startups?

Os Programas Operacionais COMPETE 2020 e os Programas Operacionais Regionais do Continente dotaram em 2015 e 2016 (o 200M em 2018) a IFD para efetuar a seleção de intermediários financeiros (Business Angels, Fundos de Capital de Risco e PME Investimentos), que têm neste momento capacidade para atingir um investimento em PME de quase 500 milhões de euros.

16/05/2019 , Por COMPETE 2020