COMPETE 2020 , aprovou mais de mil projetos de Ciência e Tecnologia

Atualmente, boa parte da capacidade competitiva das empresas presente e futura, depende da sua capacidade para produzir, endogeneizar, transferir, usar e proteger o conhecimento científico e tecnológico.  O conhecimento tornou-se o fator competitivo por excelência, que se destaca de outros fatores produtivos outrora mais relevantes por ser muito mais difícil de replicar dada a sua componente tácita, por estar muito relacionado com o contexto onde é produzido e utilizado, e pelo facto da matriz do conhecimento de muitas indústrias recentes ser de origem científica. 

Para prosperar numa economia baseada no conhecimento e na inovação, países como Portugal, com uma percentagem reduzida de empresas e produtos de média-alta e alta tecnologia e investimento empresarial em I&I historicamente baixo, o aumento do investimento privado em I&I é crucial.    Esse comprometimento é evidente nas políticas públicas de um crescente número de países que definem objetivos concretos para a intensidade de I&I empresarial e consideram esses objetivos como referências fundamentais na construção dos seus planos de desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação de médio e longo prazo. É um fenómeno à escala mundial que não se restringe aos países tecnologicamente mais avançados e/ou que mais investem em I&I.    Este aumento do apoio ao trabalho de investigação traduz-se não só num aumento do incentivo mas num esforço de contratação de mais doutorados para o processo de investigação e sobretudo na garantia de divulgação de resultados e de disseminação de conhecimentos, e quando aplicável, uma estratégia de transferência de conhecimento.

Antecipando a realização do Encontro com a Ciência e Tecnologia em Portugal  dias 2, 3 e 4 de novembro de 2020,  cujo  objetivo principal é estimular a participação e interação entre investigadores, o setor empresarial e o público em geral, nesta edição da Newsletter do COMPETE 2020 vamos falar de :

Projeto Automotive, promovido pelo INESC TEC. Os resultados do projeto irão trazer contribuições reais para Tecnologias de Veículos Inteligentes: um sistema multimodal de assistência ao motorista suportado pelas próprias características personalizadas do condutor; um modelo de interação humano-veículo e ambiente de condução e; um simulador de condução de baixo custo.

Projeto NanoPurAsp: Produção e purificação de biofármacos anti-leucémicos, visa a produção de L-asparaginase por fermentação e o desenvolvimento de um processo economicamente viável e sustentável de purificação deste biofármaco usado no tratamento da leucemia linfoblástica aguda (LLA), uma doença maligna do sangue e um dos tipos de cancro mais frequentes em crianças. É coordenado pelo CICECO-Aveiro Institute of Materials na Universidade de Aveiro em co-promoção com o Laboratório Associado LSRE-LCM da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e em colaboração com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de São Paulo. 

Projeto SmarText4EStore: Desenvolvimento de novos têxteis inteligentes para armazenamento de energia com base numa tecnologia inovadora de supercondensadores híbridos. Esta tecnologia surge como alternativa às baterias convencionais usadas em vestuário eletrónico e tecnologias “wearable”, para fornecimento de energia a sensores de monitorização de sinais vitais, sistemas de iluminação, entre outros dispositivos eletrónicos flexíveis/portáteis, tendo por isso um vasto leque de aplicações. As vantagens da tecnologia que está a ser desenvolvida são a sua elevada rapidez de carregamento, segurança para o utilizador, durabilidade (número de ciclos de carga/descarga), flexibilidade e leveza. É um projeto multidisciplinar liderado pelo Laboratório Associado para a Química Verde LAQV/REQUIMTE, envolve o IFIMUP - Instituto de Física de Materiais Avançados, Nanotecnologia e Fotónica, no Departamento de Física e Astronomia da FCUP , o Laboratório Associado LSRE-LCM, no Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, CITEVE.

DigiScope2: O Estetoscópio Digital para Uso Clínico : Promovido pelo Instituto de Telecomunicações, este projeto investiga novos algoritmos de processamento de som cardíaco considerando os «avanços no campo da inteligência artificial, de forma a produzir um estetoscópio inteligente, que represente um sistema de apoio à decisão clínica e que possa ser manipulado por um utilizador sem formação específica».

 

 

29/10/2020 , Por COMPETE 2020