“Portugal perde nove mil milhões de euros com a fuga de cérebros”
O título do artigo publicado no Diário Económico, a 14 de setembro, é uma das principais conclusões do projeto “Brain Drain and Academic Mobility from Portugal to Europe” – BRADRAMO, financiado por fundos nacionais através da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia) e cofinanciado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) através do COMPETE (Programa Operacional Fatores de Competitividade).
O projeto “Brain Drain and Academic Mobility from Portugal to Europe” – BRADRAMO é financiado por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT/MEC) e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE – Programa Operacional Fatores de Competitividade (POFC).
Trata-se de um projeto interdisciplinar, desenvolvido por vários centros de pesquisa associados à Universidade do Porto (UP), à Universidade de Coimbra (UC) e à Universidade de Lisboa (ULisboa):
· Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE/FPCE/UP)
· Instituto de Sociologia da Universidade do Porto (IS/UP)
· Centro de Investigação do Desporto e da Actividade Física (CIDAF)
· Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação (UIDEF/IE/UL)
O objetivo central deste projeto prende-se com a necessidade de compreender e analisar a emigração qualificada de Portugal, a chamada “fuga de cérebros”, que tem aumentado significativamente na última década.
O brain drain refere-se à transferência de capital humano com elevados níveis de educação e competências dos países menos desenvolvidos para os países mais desenvolvidos. A saída de profissionais altamente qualificados limitaria deste modo a rentabilização dos investimentos educativos realizados, criando condições favoráveis à sua reutilização pelos países mais desenvolvidos. A emigração qualificada tem sido analisada segundo dois modelos contrastantes. Por um lado, o modelo do êxodo põe em primeiro plano a ideia de que os indivíduos com mais competências se vêem obrigados a um exílio que lhes permita obter um posto de trabalho e uma remuneração correspondentes à sua formação; por outro lado, o modelo da diáspora sublinha os benefícios mútuos retirados das trocas interculturais abertas pela circulação de saberes promovida pelas elites académicas, científicas e culturais cosmopolitas.
A presente investigação pretende pôr à prova o poder analítico e explicativo de cada uma destas teses tomando como referência os vários tipos de mobilidade europeia de portugueses altamente qualificados na última década. Embora as estatísticas existentes sejam bastante precárias na metodologia usada e limitadas no seu alcance, é reconhecido em estudos internacionais publicados nos últimos anos que Portugal é um dos países europeus em que a fuga de cérebros mais se acentuou na última década. Docquier e Marfouk (2007) estimam em 19,5% a proporção de trabalhadores com grau académico superior que emigraram nos últimos anos.
Leia o artigo “Portugal perde nove mil milhões de euros com a fuga de cérebros” na íntegra, publicado no Diário Económico, a 14 de setembro.
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Artigo “Portugal perde nove mil milhões de euros com a fuga de cérebros”