O Presidente do COMPETE 2020 visita a fileira da cortiça
O sector da cortiça vai receber, entre hoje e sexta-feira, o Presidente do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização - Compete 2020, Rui Vinhas da Silva, para um conjunto de visitas a 22 empresas de norte a sul do país. Estas empresas são representativas dos diferentes subsectores da indústria da cortiça, empresas preparadoras de cortiça, empresas fabricantes de rolhas de cortiça, empresas granuladoras e empresas de materiais de construção e decoração. O subsector emergente de novas aplicações de cortiça será, ainda, motivo de atenção neste roteiro dedicado à indústria da cortiça.
A visita inclui ainda o Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça (Cincork), ao Centro Tecnológico da Cortiça (Ctcor), e à Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor), entidade responsável pela organização das visitas. A visita tem por objectivo dar a conhecer a realidade da fileira da cortiça nos seus diferentes domínios: a transformação dos produtos mais tradicionais como as rolhas de cortiça e a estratégia em curso para garantir o reforço deste produto nos mercados internacionais face à concorrência dos vedantes alternativos. Do mesmo modo, vai haver um olhar atento para a utilização da cortiça no desenvolvimento de novos produtos e o modo como o sector concilia a dimensão de investigação, desenvolvimento e inovação na estratégia em curso.
Portugal, com cerca de 50% da produção mundial, é hoje o principal produtor mundial de cortiça, posição que dificilmente conseguirá ser replicada por outro qualquer bem ou serviço produzido no país. A fileira da cortiça representa (dados de 2011) 0,3% do VAB nacional, cerca de 0,3% do emprego e contribui positivamente para o saldo da Balança Comercial com 0,2% das importações e 1,9% das exportações nacionais. Tratando-se de um setor que assume posições a montante nas cadeias de valor e que é pouco intensivo em tecnologia e conhecimento, o que se traduz numa mais reduzida capacidade de criação de valor, e esta visita permitirá acompanhar o caminho percorrido nos últimos anos, pelas empresas nacionais, em direção ao mercado, pela criação de produtos finais à base de cortiça, por exemplo na moda, com design incorporado e crescentemente valorizados pelos consumidores.
Através do QREN e do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), quer dos Sistemas de Incentivos às empresas, quer dos projetos de ações coletivas apoiados pelo COMPETE, foram atribuídos perto de 75 milhões de euros à fileira da cortiça, contribuindo para a realização de mais de 150 milhões de euros de investimento.
Para o Presidente do Compete 2020, Rui Vinhas da Silva, esta visita ao sector da cortiça “ inserida no âmbito da Iniciativa o “COMPETE 2020 ao lado de quem cria valor” pretende aproximar este programa das empresas , com a consciência que os instrumentos económicos ao serviço destas, devem contribuir para orientar a economia portuguesa filosofia de criação e agregação de valor a produtos e serviços inovadores, baseada num entendimento absoluto do ambiente competitivo em mercados internacionais sofisticados, procurando refletir a sua heterogeneidade e especificidades”.