TMG Automotive: uma referência nacional na área dos têxteis técnicos
Segundo o presidente do COMPETE 2020, Rui Vinhas da Silva, “a TMG Automotive é uma referência nacional na área dos têxteis técnicos. Apercebendo-se desde muito cedo que o caminho passava pela construção de vantagens competitivas que a singularizassem num setor têxtil genérico, fortemente concorrenciado e indiferenciado, a TMG Automotive desenvolveu competências únicas no setor dos têxteis técnicos. Ocupa assim um lugar de destaque neste setor, tendo através de uma aposta clara na inovação conseguido continuamente customizar respostas de elevadíssima qualidade a requisitos de mercado que emanam de marcas prestigiadas em contextos de B2B. Desta forma a TMG Automotive tem conseguido fornecer clientes reputados à escala global.”
Breve Histórico da TMG Automotive
Um grupo cujas origens remontam à década de 30 do século passado, em Vila Nova de Famalicão. Resultado das ideias de um visionário que tinha como lema «tecnologia e qualidade de mãos dadas», o grupo representa uma história portuguesa de sucesso, com uma aposta permanente na inovação. Uma das empresas, a TMG Automotive, que trabalha para o sector automóvel, é disso exemplo.
Em 1937, a partir da visão de Manuel Gonçalves, foi criada em São Cosme do Vale (Vila Nova de Famalicão) a Fábrica da Fiação e Tecidos do Vale de Manuel Gonçalves. É este o projeto que está na origem do Grupo TMG, que congrega mais de 75 anos de sucesso de um projeto genuinamente português. A fábrica viria a ser transformada em 1965 em sociedade anónima e a partir da década de 1970 haveria de constituir-se como a maior empresa têxtil nacional. Isabel Furtado, administradora do Grupo TMG, diz que «desde o início o que norteia o grupo é a filosofia do fundador: ‘tecnologia e qualidade de mãos dadas’». Neta de Manuel Gonçalves, Isabel Furtado considera que «esta visão estratégica tem sido um fator- -chave no desenvolvimento do grupo, através do investimento contínuo em pessoas e equipamento tecnológico de ponta, sustentando assim a capacidade competitiva». Inicialmente concentrada na indústria têxtil, a TMG cedo iniciou o processo de diversificação para outras áreas, entre as quais se incluem atualmente sectores tão distintos como interiores para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição de vestuário desportivo (Lightning Bolt), meios aéreos (HeliPortugal), sistemas e soluções para energia, engenharia, ambiente e transportes (Efacec), produção e distribuição vinícola (Caves Transmontanas e Casa de Compostela), produção de energia através de cogeração e hídrica e ainda participações na área financeira. Mantendo o seu cariz privado e familiar, o grupo é hoje um dos grandes agentes exportadores nacionais, constituindo, como assinala Isabel Furtado, «um símbolo da indústria e do know-how português».
O Grupo TMG, não incluindo as suas participadas, tem 970 colaboradores. No caso da TMG Automotive, são cerca de 300 pessoas, 30 das quais diretamente responsáveis pelas atividades de investigação, desenvolvimento e inovação. A TMG Automotive exerce a sua atividade há mais de 30 anos, a partir da unidade produtiva de Campelos, nos arredores de Guimarães. Segundo Isabel Furtado, a empresa tem conseguido crescer, «apesar das dificuldades e dos cenários micro e macroeconómicos que tem vindo a atravessar». Dado o seu cariz exportador, «a exposição aos cenários nacionais é menor», explica a responsável, ressalvando que «a evolução depende muito da situação financeira europeia e do comportamento em termos de deslocalização para novos mercados – nos continentes asiático e sul-americano – dos construtores europeus». De qualquer forma, na empresa acredita-se na «capacidade de entender e prever atempadamente o comportamento do mercado, dado o posicionamento bastante diversificado». Isabel Furtado afirma mesmo que estão «atentos e preparados para desenvolver ações que garantam o futuro e a competitividade de médio/ longo prazo». A TMG Automotive é de facto um dos destaques do grupo, sobretudo em termos de inovação. «Numa indústria tão competitiva como a automóvel» – refere Isabel Furtado –, «as componentes de suporte estão em constante evolução», sendo que «engenharia, especificações, tendências, segurança, design e qualidade são frequentemente redefinidos, impondo tecnologia de ponta, quer para os fabricantes de automóveis, quer para as indústrias fornecedoras dos mesmos». A responsável afirma que a TMG Automotive «é orgulhosamente parte deste ciclo produtivo, como fornecedora de exigentes soluções de interiores de automóveis». Aliás, refere ainda, «este sector sempre se distinguiu como um dos mais ativos e exigentes na definição de novos padrões e metodologias de trabalho, quer na área da qualidade dos sistemas de gestão, quer na qualidade do próprio sistema de desenvolvimento e aprovação de novos produtos». Um exemplo da valorização da inovação na TMG Automotive é a participação no grupo pioneiro na certificação do Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (SGIDI) pela NP 4457:2007. «Esta certificação veio reforçar a gestão por processos, clarificando o processo de inovação, sobretudo no que diz respeito à interação entre este e os envolventes», explica Isabel Furtado.
(Fonte: Revista Espaço – fevereiro de 2013)
Iniciativa “ COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”
O presidente do COMPETE 2020, Rui Vinhas da Silva, iniciou a 18 de novembro de 2015 uma visita de 2 dias a empresas do setor do vestuário, confeção e moda.
Um setor exportador na sua natureza que conheceu um crescimento de 9,5% em 2014 no volume de exportações, (dados da ANIVEC). De 2009 a 2014, estes sectores aumentaram as vendas nos mercados externos em 29%.
No contexto do setor têxtil, em 2014, as exportações de vestuário e confeção representaram 60,2% do total exportado, e contribuíram para a balança comercial com um saldo positivo de 967 milhões de euros.
Esta visita integra-se num conjunto alargado de visitas aos sectores exportadores da economia nacional. Ao identificar o conjunto de fatores críticos do crescimento económico por via das exportações, atuando de forma consistente e sistemática nesta variável seguindo um modelo de agregação de valor a bens transacionáveis, fortemente incorporadores de inovação, conhecimento aplicado e marketing, elencando o que é necessário fazer para remover obstáculos estruturais e comportamentais ao IDE, será possível criar condições de crescimento económico sustentado em Portugal por via da competitividade e das exportações, o que concretiza o grande objetivo do programa COMPETE 2020.
Para Rui Vinhas da Silva, presidente do COMPETE 2020, a visita que realizou a algumas das empresas do setor no âmbito da iniciativa “COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”, mostrou que um setor que atravessou graves problemas com a abertura do mercado europeu à China e a crise de 2008 , soube reinventar-se adquirindo vantagens competitivas sustentadas para as empresas, ancoradas em diferenciação tangível (processos e produtos sofisticados) e intangível (marcas de produto e de empresa) construindo dessa forma a marca-país e melhorando a competitividade da economia portuguesa.
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