Next Challenge Asia
O projeto tem como propósito reforçar a internacionalização das PME das fileiras agroalimentar, casa, infraestruturas e materiais de construção, nos mercados do Japão, da Coreia do Sul e da China.
Enquadramento
Atualmente é importante que as empresas percebam que diversificar as exportações é uma mais valia para o seu crescimento e simultaneamente para o crescimento económico dos países, em particular de Portugal, será essencial a aposta na diversificação de mercados para que este crescimento seja sustentado.
A orientação para os mercados internacionais continua a constituir um dos principais fatores da competitividade, dado que através da integração nesses mercados as empresas passam a ter ao seu dispor hipóteses de crescimento que não alcançariam dentro das suas fronteiras. A realidade com que as empresas nacionais se confrontaram nos últimos anos mostrou que as oportunidades não se esgotam internamente, e que o sucesso das organizações se constrói também a partir da capacidade de evoluir internacionalmente.
Neste sentido, o crescimento das exportações portuguesas é absolutamente crucial para robustecer o crescimento da economia nacional, sendo uma das principais vias de desenvolvimento do país. Por um lado, se a consolidação nos mercados tradicionais é fundamental, por outro, a globalização abre enormes janelas de oportunidade às estratégias de diversificação de exportação das empresas.
Para as PME portuguesas tornou-se imperativo entrar no mercado global, não só numa ótica de sobrevivência, mas como parte da sua estratégia de crescimento pois, face à globalização económica, a internacionalização tornou-se uma das estratégias mais importantes para as empresas que pretendem potenciar o seu crescimento.
O ecossistema dos negócios Internacionais, no que diz respeito a vendas, marketing e tecnologia, apresentava-se já como profundamente dinâmico e em constante redefinição. A este panorama juntaram-se ainda os desafios criados pela atual conjuntura de pandemia e a incerteza no que respeita à perseverança dos negócios e a novas formas de adaptabilidade a uma “nova” normalidade nas trocas comerciais.
Deparamo-nos com um processo obrigatório de mudança e de necessária adaptação. O tempo é de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade como nunca antes vividos, representando uma transformação global difícil de aferir nos tempos atuais. Face a este novo paradigma, as estratégias para exportar pela via tradicional e online sofrem necessariamente a pressão desta transformação onde um renovado business intelligence se torna fulcral numa fusão plena com as vendas e com a tecnologia.
O foco e a estratégia mantem-se, já a componente operacional e de meios/ferramentas para acelerar processos tornaram-se mais fortalecidos com o apoio na demonstração de produtos e soluções com recurso à componente digital cada vez mais presente no modelo de negócio atual. Reforçar a competitividade do tecido empresarial português e a sua presença no mercado internacional representa uma das principais prioridades, tanto nos canais tradicionais como nos digitais. A aposta deve estar na capacitação empresarial das PME's para a internacionalização, através da qualificação dos seus quadros, da utilização de ferramentas de desenvolvimento e conhecimento de mercados e aplicação de novos modelos na economia digital com vista a promover o aumento das exportações.
Jorge Marcolino, Diretor da Área Internacional e Responsável pelo projeto Next Challenge Asia
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Projeto
Next Challenge Asia é o nome do projeto promovido pela AEP - Associação Empresarial de Portugal – cujo objetivo é o de aumentar as exportações e promover a imagem de Portugal nos mercados do Japão, da Coreia do Sul e da China.
O projeto visa reforçar a internacionalização através da diversificação de mercados, identificando oportunidades e constrangimentos de acesso a mercados com potencial como é o caso da China, Japão e Coreia do Sul, disseminando ferramentas que permitam capacitar as PME para aumentar as exportações e melhorar a imagem de Portugal.
Efetivamente, as exportações de bens e serviços têm sido o fator de crescimento positivo da economia portuguesa nos últimos anos, no entanto a Europa continua a ser o destino de mais de 70% das nossas exportações.
As empresas portuguesas devem encarar o mercado europeu como um mercado de pertença, onde estão naturalmente inseridas e onde beneficiam da proximidade e tradição nas relações económicas. A europa deverá ser encarada, cada vez mais, como um mercado interno, cabendo às PME a conquista de novas geografias, distantes, mas alcançáveis e igualmente atrativas para a oferta nacional.
Com este projeto pretende-se que as PME alarguem horizontes, assim sendo a AEP dispõe-se a apoiar e incrementar os esforços de internacionalização das empresas portuguesas, com o objetivo principal de diversificação de mercados e de produtos.
O sucesso assentará, na capacidade de inovação, de diferenciação e de customização, fatores onde as empresas nacionais se têm distinguido nomeadamente na fileira Agroalimentar, Casa, Infraestruturas e Materiais de Construção.
São estas fileiras, que pelas suas características e pelas oportunidades que estes mercados apresentam, terão mais capacidade de resposta e que melhor se adaptarão às exigências e constrangimentos dos mesmos.
Hoje, Portugal apresenta-se como um ator de relevo no palco mundial, que alia a modernidade à tradição, que surpreende pela forma como alia a sua capacidade de saber fazer com a inovação e permite-nos transformar o futuro.
A AEP, enquanto associação multissetorial e tendo por base a sua matriz de associados e clientes, considerou centrar a sua atuação na Fileira AGROALIMENTAR, na Fileira CASA, e na Fileira INFRAESTRUTURAS, ÁGUA e ENERGIA e na Fileira MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO (que se complementam), acoplando algo das Indústrias Culturais e Criativas como forma de promoção da Marca País.
Fazendo o matching entre o diagnostico dos três países foco, com as capacidades destas Fileiras reconhece-se que esta abordagem irá dotar as PME de conhecimentos mais aprofundados, de uma maior capacidade para atuarem nestes mercados alvo, permitindo assim um reforço da sua competitividade. O contacto com estes mercados, irá permitir potenciar a inserção de cadeias de valor internacionais e aumento da exportação de produtos com alta intensidade tecnológica.
Pretende-se assim facilitar o acesso e conhecimento de mercado, reforçando a capacitação das PME portuguesas através da criação de ferramentas de acesso coletivo, abrangente e não discriminatório, que permitam a qualquer PME, através da sua ampla disseminação, o conhecimento mais aprofundado sobre as reais possibilidades que estes 3 mercados apresentam.
Perante o contexto despoletado pela SARS-CoV-2 o paradigma de abordagem aos mercados externos teve obrigatoriamente de se adaptar. A profundidade na Avaliação prévia de que mercados atingir, com especial enfoque nas ferramentas de business Intelligence; O estudo aos mercados-alvo e aos novos canais comerciais com recurso ao digital; A avaliação da competitividade no destino dos seus produtos e serviços (nos canais tradicionais e digitais); A avaliação e teste à oferta e ao preço do produto/serviço no destino; A elaboração de um plano consistente de ação comercial e de marketing; O estudo da pertinência de um importador/distribuidor local; A medição e gestão do risco; O foco na execução/operação, são pressupostos fundamentais para uma abordagem eficaz no processo de internacionalização.
As ferramentas a disponibilizar pelo presente projeto, têm como objetivo potenciar a penetração nestes mercados, pouco explorados pelo tecido empresarial português, e consequentemente aumentar os volumes de exportação e elevar a base exportadora através da diversificação de mercados não tradicionais, mas potencialmente atrativos.
No âmago de qualquer processo de internacionalização, o conhecimento do mercado alvo a atingir é crucial, no entanto, a dificuldade de obtenção de informação fidedigna e atualizada representa um dos maiores obstáculos para as empresas acarretando elevados níveis de investimento e de recursos. O apoio financeiro concedido pelo COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Ações Coletivas (SIAC) permite desenvolver iniciativas de extrema relevância para o aumento da base exportadora e da promoção da marca PORTUGAL como comprova o projeto Next Challenge Asia.
Apoio
O projeto é cofinanciado pelo COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Ações Coletivas (SIAC), envolvendo um investimento elegível de 986 mil euros, o que resulta num incentivo FEDER de cerca de 838 mil euros.