Vila Galé Collection Alter Real

O Vila Galé Collection Alter Real é um hotel de charme em Alter do Chão, integrado na emblemática Coudelaria de Alter, que se diferencia pela sua forte aposta no turismo equestre e pela recuperação da história do local, muito ligada ao cavalo Lusitano/Alter Real.

 
Projeto

O Hotel Vila Galé Alter Real é o resultado da recuperação de parte das instalações do empreedimento da Coudelaria de Alter do Chão. Desta recuperação surge assim um Hotel único inteiramente ligado à temática Equestre e ao cavalo lusitano/Alter Real a funcionar numa Coudelaria o que associado ao elevado valor de património arquitectónico e inegável legado coudélico que a Coudalaria Alter Real representa na preservação e valorização do património genético e cultural do ferro Alter Real, torna-o um produto único, a nível nacional e internacional.

Este espaço emblemático conta ainda com uma outra arte, a Falcoaria, considerada Património Imaterial da Humanidade desde 2010. A Falcoaria mantém, desde sempre, uma relação muito próxima com os cavalos, pelo facto de ser uma das modalidades de caça mais antigas, que sempre foi acompanhada a cavalo, e uma das predilectas da realeza.

Porém, o elemento fulcral deste projecto assenta no facto de não existir nenhum outro hotel, com tamanha capacidade de alojamento e diversidade serviços, a funcionar num espaço ímpar como a Coudelaria, tornando o HVG Alter Real um produto único e altamente diferenciador.

Um Hotel que se dedica ao Turismo Equestre, sendo um segmento em ascensão, e que se antigamente era considerado uma actividade de elite,é agora cada vez mais procurado por todos, com especial incidência para os mercados da Alemanha, Reino Unido e França.

 

Entrevistámos Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé

Gonçalo Rebelo de Almeida | Administrador da Vila Galé
 
 
Quais os fatores de diferenciação do vosso projeto?

O Vila Galé Collection Alter Real é um hotel de charme em Alter do Chão, integrado na emblemática Coudelaria de Alter, que se diferencia pela sua forte aposta no turismo equestre e pela recuperação da história do local, muito ligada ao cavalo Lusitano/Alter Real.

Resultando da reconversão de algumas das antigas instalações da coudelaria que estavam sem uso – a casa de campo, as antigas cavalariças, o edifício administrativo e as antigas pocilgas – este projeto integra o programa Revive, fazendo surgir uma unidade hoteleira com 77 quartos, salão de eventos e duas salas de reuniões, um restaurante Inevitável com oferta gastronómica regional, bar, adega e biblioteca, Spa Satsanga com piscina interior aquecida e salas para tratamentos e ainda três piscinas exteriores, duas de adultos e uma infantil. Conta também com um museu do cavalo, um tradicional lagar de azeite totalmente recuperado, a falcoaria também reabilitada e o respetivo museu.

Para o Grupo Vila Galé, a oportunidade de intervir na Coudelaria de Alter - pelo seu elevado valor de património arquitetónico, pelo grande legado coudélico e pelo papel que representa na preservação e valorização do património genético e cultural do ferro Alter Real - traduziu-se inegavelmente numa mais valia para a instalação de uma unidade hoteleira única, já que não existe mais nenhum hotel com tamanha capacidade de alojamento e diversidade de serviços a funcionar numa coudelaria. Também por isso, o Vila Galé Collection Alter Real é um hotel diferenciador tanto a nível nacional como internacional.

Casa do cavalo puro-sangue lusitano, a Coudelaria de Alter foi criada em 1748, graças a uma nova política coudélica iniciada em 1708 pelo Rei D. João V. É considerada a mais antiga coudelaria do mundo a funcionar ininterruptamente no mesmo sítio, superando adversidades históricas, genéticas, sociais e económicas, numa singular longevidade. Em plena Herdade da Tapada do Arneiro, com cerca de 800 hectares, tem também um notável património natural e uma grande riqueza de fauna e flora, propicias ao turismo de natureza, ao ecoturismo e às atividades ao ar-livre, além do turismo equestre.

Este espaço emblemático conta ainda a Falcoaria, arte considerada Património Imaterial da Humanidade desde 2010. A Falcoaria mantém, desde sempre, uma relação muito próxima com os cavalos, pelo facto de ser uma das modalidades de caça mais antigas, que sempre foi acompanhada a cavalo, e uma das prediletas da realeza. Daí que também tenha havido um processo de renovação do espaço, com inclusão do núcleo museológico.

Quais os grandes resultados deste investimento: qualitativos e quantitativos?

O contributo do hotel Vila Galé Collection Alter Real para a indução de novas atividades económicas e para a competitividade da região assenta em diversos fatores, com impacto relevante na cadeia de valor, nomeadamente:

> Valorização e projeção do património natural e cultural do País;

> Recuperação da Coudelaria de Alter do Chão, um empreendimento emblemático, enquanto património histórico e arquitetónico, e valorização do património genético e cultural do ferro Alter Real;

> Potenciação da atividade económica, a nível local e regional: a montante por via do recurso a fornecedores locais e a jusante pelo contributo dos turistas ao comércio local;

> Criação de emprego, recorrendo essencialmente a colaboradores da região, que pelo facto de serem conhecedores dos usos e costumes locais podem acrescentar valor aos serviços prestados. Com efeito, neste ponto, o Vila Galé Collection Alter Real começou a funcionar em 2020 com 34 colaboradores.

Qual o valor acrescentado do projeto para a região e para posicionar Portugal como um destino de excelência?

Além dos pontos acima enunciados, este projeto tem ainda a capacidade de desenvolver e consolidar mercados de alto valor acrescentado, atraídos pelos produtos turísticos principais deste hotel: Turismo Equestre, sobretudo centrado na raça Lusitano, um elemento qualificador do destino, e Turismo de Natureza, ambos produtos de elevada procura por segmentos de mercado relevantes, que permitem gerar riqueza sustentável no espaço regional de influência e que, aliados a outros produtos estrela tão conhecidos de Portugal, como o Sol e Mar, Vinhos e Golfe, colocam Portugal como um destino de excelência. Vêm também potenciar outros fatores que distinguem e posicionam o país no turismo mundial, como a dimensão do território e a sua diversidade concentrada, o clima, as acessibilidades fáceis, a gastronomia e a boa relação qualidade-preço, além da oferta turística diversificada, do riquíssimo património natural e cultural e da hospitalidade dos portugueses.

Que conselhos daria para quem acredita que o turismo é um produto compósito, como vocês, e que são experiências que temos de oferecer?

Sim, a indústria do turismo é uma das mais transversais já que depende e tem impacto em muitas outras áreas como a cultura, urbanismo e conceção das cidades, transportes, formação e recursos humanos, sustentabilidade e ambiente, comunicação e design. Em conjunto, todas contribuirão para uma melhor experiência de quem nos visita e que depois vai recomendar o destino e até voltar. Se conseguirmos proporcionar boas experiências a quem nos visita, diferenciadas e enriquecedoras, e mostrar que há sempre mais para explorar em Portugal enquanto destino, conseguiremos não só atrair nos públicos e mercados, mas também fidelizar mais turistas e, com isso, aumentar as estadas médias e reduzir a sazonalidade. Esta lógica tem, aliás, norteado a estratégia de expansão do grupo Vila Galé, por exemplo com a abertura de hotéis diferentes e inovadores, seja do ponto de vista da localização, da reabilitação de património, dos conteúdos históricos e culturais dos próprios edifícios ou do tema. No nosso portefólio contamos com hotéis dedicados à poesia, à dança, à moda, à pintura, em que apostamos em storytelling e conteúdos que acrescentam valor e proporcionem uma estada diferente aos clientes. Os hotéis passam a ser autênticos museus vivos e não meros sítios para dormir. Por outro lado, o hotel é uma pequena parte da experiência turística e é fundamental para o sucesso do turismo em Portugal que sejam desenvolvidos conteúdos e experiências adicionais nas diferentes regiões, permitindo uma maior ligação entre os diferentes territórios e a descentralização dos fluxos turísticos e puxando até pela exportação dos produtos portugueses, pela inovação e pela criatividade.

Quais os maiores desafios do novo contexto e como estão preparados para garantir toda a experiência do vosso espaço com segurança?

Nesta fase, o maior desafio será reconquistar a confiança dos clientes, mostrando que viajar e ficar num hotel é totalmente seguro. Ao nível do sector, será esencial assegurar a recapitalização das empresas e aumentar a promoção de Portugal enquanto destino turístico. Notamos que há diferentes ritmos na retoma, com algunas zonas de praia e do interior do país, como o Alentejo ou a Serra da Estrela, mais viradas para o turismo de natureza, a registarem já alguma procura, sobretudo por parte dos portugueses e de alguns mercados mais próximos, como o espanhol. Já o turismo nas cidades como Lisboa e Porto deverá ainda demorar algum tempo a recuperar, estando dependente da normalização de viagens por exemplo de países como o Brasil e os EUA. Também o turismo de negócios e os eventos empresariais só deverão voltar mais tarde. A nossa expectativa é que a normalização da atividade turística para níveis pré pandemia só aconteça em 2023 ou 2024.

 

25/08/2021 , Por COMPETE 2020