Valorizar os recursos marinhos, através da investigação, desenvolvimento e demonstração de novos produtos e da melhoria de processos produtivos através do desenvolvimento de novas tecnologias, eis o principal objetivo do projeto ValorMar. Cofinanciado pelo COMPETE 2020, este projeto propõe soluções inovadoras para a criação de novos produtos alimentares saudáveis, recorrendo a tecnologias sustentáveis e eficientes.

 

Saiba qual o ponto de situação deste projeto, na entrevista de Ana Machado Silva, Senior Project Manager na Sonae Center.

 

 

 

Um projeto mobilizador é tipicamente um projeto ambicioso e com um elevado número de entidades envolvidas. O arranque do projeto foi sem dúvida um desafio, até por causa desse elevado número de parceiros, mas a colaboração de todos permitiu minimizar os impactos. Diria que o grande desafio o estamos a viver agora com o impacto inesperado do covid-19 que obrigou a uma pausa forçada em algumas tarefas.

 

 

 

Sem dúvida. Para além das competências, conhecimentos e tecnologias específicas que cada parceiro aporta ao projeto, relevantes e complementares, a sua experiência e ponto de vista permitem-nos ter elos distintos de uma cadeia de valor num mesmo projeto, tanto do ponto de vista científico como empresarial. Isso é sem dúvida uma mais valia e está na génese do conceito de projeto mobilizador.

 

 

 

É um projeto que avalia tendências de mercado e setoriais (industriais), e procura responder às mesmas com propostas de produtos e serviços que capacitem o setor em Portugal, através da digitalização e análise de dados por exemplo, que respondam a necessidades de mercado manifestadas pelos consumidores, como o desenvolvimento de produtos com forte aposta em recursos marinhos sustentáveis, ou que estimulem novos modelos de negócio alicerçados na economia circular.

 

 

 

Essa é uma pergunta muito difícil dada a variedade de resultados que decorrerão dos quatro PPS (subprojetos) do ValorMar. Mas posso adiantar que tivemos já a oportunidade de ir desvendando alguns resultados intermédios como um protótipo de aplicação de rastreabilidade para peixe fresco (demonstrado num supermercado), uns patés e barras do mar divinais (demonstrados na nossa última reunião plenária) ou protótipos de aplicações digitais para otimização de aquaculturas (em demonstração em parceiros do consórcio). Seguramente nos próximos meses teremos mais novidades sobre este ponto.

 

 

 

Estou certa de que seria praticamente impossível conseguir envolver todas estas entidades num projeto desta natureza, e com esta ambição, se não fosse o apoio do COMPETE 2020.

 

 

 

Apoiado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, na vertente programas mobilizadores, o projeto ValorMar envolveu um investimento elegível de cerca de 8 milhões de euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 5,4 milhões de euros.