Libertar o potencial da inovação para dinamizar o crescimento na Europa
Para que a Europa possa inovar e ser mais competitiva a nível mundial há que redobrar esforços que favoreçam o florescimento de ideias inovadoras e a sua aplicação comercial. Estas são algumas das conclusões que podem ser extraídas da mais recente classificação do desempenho da Europa em matéria de inovação.
O Painel de Avaliação da União da Inovação 2015 da Comissão Europeia revela que o nível global da inovação na UE se manteve estável. Todavia, há que ter em conta que a crise teve um impacto nas atividades de inovação do setor privado: o número de empresas inovadoras está em declínio, o mesmo acontecendo com o investimento em capital de risco, a inovação nas PME, os pedidos de patentes, as exportações de produtos de alta tecnologia e as vendas de produtos inovadores. As melhorias que se verificaram a nível dos recursos humanos, dos investimentos das empresas em investigação e desenvolvimento e da qualidade da ciência não foram suficientes para induzir uma melhoria no desempenho da inovação.
Na classificação geral, a Suécia confirma, uma vez mais, a sua liderança em matéria de inovação, seguida da Dinamarca, da Finlândia e da Alemanha. Os países que estão a crescer mais rapidamente em termos de inovação são Malta, a Letónia, a Bulgária, Irlanda, Reino Unido e Polónia. Quando comparada com o resto do mundo, a UE continua a ser suplantada pelos EUA, o Japão e a Coreia do Sul.
Carlos Moedas, o Comissário responsável pela Investigação, Ciência e Inovação, afirmou: «Precisamos de investir mais para melhorar o desempenho da UE em matéria de inovação. Este esforço deverá ser acompanhado de uma melhoria das condições e de um mercado único para os produtos e serviços inovadores na Europa. Estamos a trabalhar nesse sentido a nível da UE e estamos prontos a ajudar os Estados-Membros na introdução das reformas necessárias para potenciar o impacto dos seus investimentos públicos.»
O Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos será crucial para a investigação e a inovação, em especial para repor os investimentos em capital de risco nos níveis anteriores à crise. Além disso, através da União dos Mercados de Capitais, a Comissão pretende melhorar o acesso das empresas ao financiamento, em especial as PME. Reforçar as sinergias entre o programa de financiamento da investigação da UE, Horizonte 2020, e os fundos estruturais será também essencial para incrementar os níveis de investimento.
Através do novo Mecanismo de Apoio a Políticas, a Comissão irá ajudar os Estados-Membros a reformular os seus sistemas nacionais de investigação e inovação e a impulsionar a inovação empresarial.
Ainda este ano, no âmbito da estratégia para o mercado único, serão apresentadas outras medidas para a criação de um ambiente empresarial mais propício à inovação. Além disso, serão envidados esforços para que a patente unitária comece a funcionar e as normas se tornem mais favoráveis à inovação.
Paralelamente, a Comissão está a tomar medidas para acelerar a transformação digital da indústria e para criar um ambiente empresarial em que as empresas inovadoras possam prosperar e obter uma proteção mais fácil e menos dispendiosa dos seus direitos de propriedade intelectual.
Para obter a classificação do Índice Sumário da Inovação do Painel de Avaliação e os resumos do desempenho da inovação de cada um dos 28 Estados-Membros e de outros países europeus, ver a ficha informativa.
Contexto
O Painel de Avaliação da União da Inovação fornece uma avaliação comparativa do desempenho da investigação e da inovação nos Estados-Membros da UE. O painel de avaliação é um instrumento útil, não vinculativo, que ajuda os Estados-Membros a avaliar os pontos fortes e os pontos fracos dos seus sistemas de investigação e inovação e a identificar as áreas em que devem concentrar esforços para melhorar o seu desempenho em matéria de inovação. O painel de avaliação inclui, para além dos Estados-Membros da UE, a Sérvia, a antiga República jugoslava da Macedónia, a Turquia, a Islândia, a Noruega e a Suíça. Partindo de um número mais restrito de indicadores disponíveis a nível internacional, o painel inclui ainda a Austrália, o Brasil, o Canadá, a China, a Índia, o Japão, a Rússia, a África do Sul, a Coreia do Sul e os EUA. O Painel de Avaliação da União da Inovação 2015 é acompanhado de uma análise complementar que classifica os Estados-Membros com base em diferentes indicadores (Anexo H).
O Painel de Avaliação da União da Inovação abrange o sistema de inovação no seu conjunto e ilustra as capacidades de inovação dos setores público e privado. O painel agrupa 25 indicadores diferentes, que têm em conta as condições externas para a inovação, o nível de atividade de inovação das empresas e o modo como todos esses fatores se traduzem em benefícios para o conjunto da economia.
Fonte: Site da Comissão Europeia.
Image courtesy of ddpavumba at FreeDigitalPhotos.net
Links Relacionados
Painéis de Avaliação da União da Inovação