Pack2Life: High Performance Packaging

 

"Como promotor líder do Projeto PACK2LIFE, a ITJ considera que o apoio concedido pelo COMPETE 2020 foi fundamental para o projeto atingir os objetivos definidos na medida em que, para responder a um leque alargado de desafios de mercado, permitiu alavancar todo um conjunto de recursos técnicos e científicos para criar tecnologia e um novo produto num período de tempo relativamente curto", afirmou João Faustino, Sócio-Gerente da ITJ - Internacional Moldes e responsável do projeto.

Enquadramento

Devido às suas características físico-químicas e biológicas, as frutas frescas são muito perecíveis e sofrem uma deterioração muito rápida. A extensão da vida útil das frutas na pós-colheita é conseguida em grande parte pela utilização de refrigeração e pela adequada acomodação na embalagem. O efeito da refrigeração sobre os produtos pode ainda ser melhorado pela utilização simultânea de outras técnicas, tais como a humidificação do ar e também pelo uso de embalagens que permitam preservar os frutos no seu expoente máximo de qualidade durante o maior período de tempo.

As embalagens habitualmente utilizadas destinam-se somente à acomodação da fruta para transporte, com o intuito de reduzir o dano físico e também possibilitar a circulação do ar refrigerado aquando da conservação em frio.

Existe a necessidade de as embalagens terem uma participação mais ativa na extensão da vida da fruta no processo de comercialização, pela utilização de novos designs e materiais que as dotem da capacidade de manter as condições de armazenamento em frio, possibilitem o controlo das taxas de respiração, transpiração e o teor de humidade, podendo incluir ou não algum sistema ou mecanismo, passivo ou ativo, que as torne em embalagens ativas e/ou inteligentes.

Numa outra vertente, tem-se assistido ao desenvolvimento de diferentes tecnologias de monitorização de parâmetros influentes na qualidade dos produtos, em particular a temperatura e humidade.

A monitorização destes parâmetros ao longo da cadeia de frio permite aferir em contínuo a evolução da qualidade alimentar, permitindo uma tomada de decisão atempada durante os processos de venda, distribuição, comercialização e armazenagem. Adicionalmente, esta monitorização permite a elaboração de um histórico relativo à qualidade alimentar no seu progresso na cadeia do produto.

O Testemunho de João Faustino, Sócio-Gerente da ITJ - Internacional Moldes e responsóvel do projeto PACK2LIFE:

"PACK2LIFE é um projeto em copromoção liderado pela empresa ITJ - Internacional Moldes, Lda, com participação da empresa RTJ Plásticos, Cerfundão e Quinta dos Lamaçais e das entidades não empresariais Universidade do Minho, Universidade da Beira Interior, CATAA e CENTIMFE.

Como promotor líder do Projeto PACK2LIFE, a ITJ considera que o apoio concedido pelo COMPETE 2020 foi fundamental para o projeto atingir os objetivos definidos na medida em que, para responder a um leque alargado de desafios de mercado, permitiu alavancar todo um conjunto de recursos técnicos e científicos para criar tecnologia e um novo produto num período de tempo relativamente curto.

O PACK2LIFE surgiu da necessidade de o mercado fornecer uma embalagem capaz de estender a vida útil dos produtos acondicionados, face ao problema da perecibilidade dos frutos das prunóideas, e garantir a segurança alimentar através da rastreabilidade dos produtos ao longo da cadeia de frio. Após a colheita, os frutos estão sujeitos a processos de respiração, transpiração e formação do etileno, que individual ou cumulativamente proporcionam amadurecimento rápido, diminuição das propriedades organoléticas e redução da qualidade, com principal destaque para as características nutricionais e diminuição do tempo de comercialização. Adicionalmente, sendo a cereja e o pêssego frutas de estação (primavera-verão), muito sensíveis e perecíveis, o seu tempo de comercialização é bastante curto sob pena de deterioração acentuada. A extensão da vida útil dos frutos na pós-colheita é conseguida em grande parte pela utilização de refrigeração e pela adequada acomodação na embalagem.

Foi assim desenvolvida uma nova embalagem reutilizável, em que o seu desempenho é potenciado pela aplicação de material de mudança de fase (PCM) no interior do novo alvéolo reutilizável, o que permite reduzir as oscilações de temperatura de conservação e atrasar o aumento da temperatura dos frutos. Esta embalagem tem um sistema de monitorização continua integrado, que se adapta a diferentes condições de utilização (armazenamento e transporte) e que potencia o comércio sustentável de frutos no seu expoente máximo de qualidade."

O Apoio do COMPETE 2020

O projeto é promovido pela ITJ Internacional Moldes e conta com o apoio do COMPETE 2020 no âmbito do Sistemas de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Copromoção, envolvendo um investimento elegível de 1,6 milhões euros o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 1,2 milhões de euros.

22/03/2023 , Por Miguel Freitas
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