Eco4Coffee - o desenvolvimento de embalagens para café à base da própria cascarilha de grão de café
Sintese do Projeto
O projeto Eco4Coffee teve como o objetivo criar embalagens de café amigas do ambiente utilizando materiais biodegradáveis e resíduos valorizados. As soluções propostas passaram pela produção de novos materiais compósitos biodegradáveis, reforçados com fibras naturais de origem vegetal, mais concretamente a cascarilha do café, o resíduo proveniente do processamento agroindustrial dos grãos de café, em quantidade substancial nas embalagens. Por um lado, valorizou-se um resíduo do café e, por outro, reduziu-se a pegada ambiental do produto final, assim como, os seus custos de produção.
A Entrevista
Entrevistamos Carla Rodrigues, Coordenadora Técnica e Científica do Eco4Coffee que nos falou deste projeto cofinanciado pelo COMPETE 2020.
Os objetivos deste projeto foram totalmente atingidos e temos atualmente 2 materiais compósitos validados em prova de conceito de embalagem de café, materiais que deram origem a 2 registos de propriedade industrial e que permitem trabalhar o produto café de uma forma mais ecológica e sustentável.
Quais foram os principais desafios com que se depararam no desenvolvimento do projeto?
O principal desafio que encontramos durante a execução do projeto foi a aplicação à escala industrial das embalagens constituídas pelos novos materiais compósitos desenvolvidos.
De entre os resultados alcançados, há algum que gostaria de destacar?
Sim, o reaproveitamento de resíduos da produção de café torrado para produzir novos materiais de embalagem ecológicos.
Qual tem sido o contributo do COMPETE 2020 para o desenvolvimento deste projeto?
O contributo do COMPETE 2020 foi fundamental para o desenvolvimento do projeto apoiando a parceria com entidades SCT portuguesas e desta forma, viabilizando o desenvolvimento de atividades IDT em paralelo com atividades de desenvolvimento experimental a escala industrial.
O Apoio Compete 2020
O projeto conta com o apoio do COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, envolvendo um investimento elegível de 505 mil euros o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 278 mil euros.