Em entrevista com o COMPETE 2020, Raquel Sousa, Diretora de Unidade na Inova + e Gestora do projeto BRAIN-LIGHTING fala dos principais desafios e resultados alcançados:

O que considera ser o elemento diferenciador no projeto BRAIN-LIGHTING?

O projeto BRAIN-LIGHTING desenvolveu uma nova solução tecnológica que contribuiu para a evolução da neurociência e aumentar o conhecimento já existente sobre o cérebro, os seus constituintes e os seus processos de funcionamento.

O fator diferenciador do projeto foi o desenvolvimento do dispositivo optogenético utilizando sondas neuronais óticas 3D dotadas com estimulação elétrica e ótica e com microeletrónica totalmente integrada, e um módulo de controlo e processamento de sinal, essencial para completar qualquer sistema de atuação a nível neurológico.

A neurociência é uma área em constante expansão com uma diversidade de doenças neurológicas com diferentes necessidades de diagnóstico e tratamento, resultando num crescimento do desenvolvimento de dispositivos neurológicos a nível mundial, tomando a optogenética a posição de uma das mais recentes apostas de investigação na procura de soluções. Um dos maiores desafios não funcionais foi desenvolver uma solução disruptiva na área da optogenética e, na vertente técnica, garantir as condições ideais para que os μ-LEDs da sonda incidissem diretamente nos neurónios-alvo. 

Durante a execução operacional, a equipa teve a oportunidade de adquirir know-how em áreas complementares às atividades definidas no plano de trabalho. A execução colaborativa do projeto envolvendo equipas multidisciplinares foi uma mais valia durante a execução do projeto porque, para além de potenciar futuras áreas de atuação, permitiu alavancar novas ideias para continuar a evoluir o produto resultante para TRLs mais elevados.