No Dia Internacional da Mulher conversamos com Andreia Costa, responsável pela área de Inovação na OLI - Sistemas Sanitários
Formada em Engenharia de Polímeros na Universidade do Minho, Andreia Costa fez o seu primeiro estagio na OLI - Sistemas Sanitários S.A. Na OLI passou por varias áreas desde a produção, qualidade e a conceção e desenvolvimento de produto. Hoje é responsável pela área de Inovação onde participa na definição da estratégia de Inovação, sendo responsável pela sua implementação. Coordena os projetos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação na OLI, e faz a gestão dos projetos em parceria com as entidades do SCT. O seu dia a dia engloba ainda a gestão das ideias, as iniciativas relacionadas com a criatividade, a gestão do conhecimento e propriedade intelectual. Em 2022 fez uma pós-graduação em Business Innovation na Porto Business School.
1. O que a atraiu para este mundo profissional, i.e., a indústria?
Desde criança tive curiosidade em saber como os produtos que usamos no nosso dia a dia são feitos…por isso quando acabei o ensino secundário foi fácil a decisão de seguir pela área de engenharia. O que não sabia na altura é que o que realmente me fascina é participar ativamente na procura de soluções diferenciadas, sempre com o objetivo de desenvolver novos processos, produtos, ou mesmo na aplicação de novas metodologias de gestão.
2. Qual foi o momento mais emocionante no seu trajeto profissional?
Foi em 2017 quando a OLI venceu o prémio Millenium Horizontes na categoria Inovação. O trabalho que vinha sendo realizado no âmbito da inovação ao longo dos anos foi reconhecido por um júri altamente qualificado! Este prémio veio corroborar que a OLI é uma empresa de referência na inovação em Portugal e sendo a responsável por esta área, encheu-me de orgulho!
3. O projeto OLI+INP2020 teve como objetivo de modernizar o processo produtivo da OLI e desenvolver produtos inovadores. O que destacaria neste projeto?
As áreas de atuação do projeto OLI+INP2020 foram tão diversificadas que fica muito difícil escolher o que destacar. Mas talvez destacaria o trabalho que foi realizado na área da sustentabilidade. Já há alguns anos que a OLI tem vindo a desenvolver atividades na área de redução de resíduos, introdução de painéis solares, etc., mas com este projeto conseguiu-se introduzir um planeamento adequado de várias atividades que se complementaram para dar um resultado ainda mais interessante.
4. E Gerir o tempo? Qual o segredo?
Por vezes é muito complicado… O trabalho diário absorve-nos de uma forma tal, que a maioria das vezes sobra-nos pouco tempo para o que realmente é importante. Para tentar atenuar este efeito, muno-me de folhas de planeamento, começando pelos anuais com atividades macro que depois são repartidas pelos meses em tarefas mais finas, acabando finalmente em planeamentos semanais. Posso dizer que a maioria das semanas não consigo cumprir nem metade do que estava previsto, mas esta metodologia auxilia-me na gestão geral das tarefas e permite-me ter uma visão clara do estado das minhas atividades.
5. A sua experiência com os Fundos da União Europeia… fizeram a diferença no âmbito do seu trajeto profissional?
Sim, obviamente. Muitos dos projetos que geri ao longo dos últimos anos foram com elevado grau de inovação (e consequentemente maior grau de incerteza), o que obriga a necessidade de investimentos elevados, o que não seria possível se não fosse o apoio financeiro dos Fundos da União Europeia. Este facto proporcionou-me a possibilidade de descobrir as mais valias de trabalhar com variadas entidades do SCTN. Foi importante confirmar que se o objetivo é trabalhar em áreas de conhecimento que internamente não dominamos, devemos ir procurar onde esse conhecimento existe e fazer com que seja interiorizado na empresa para ser utilizado no futuro. Sendo que este principio se aplica não só no desenvolvimento de produtos como também na implementação de novos processos e na aplicação de novas metodologias. Por fim, importa ainda referir que estes projetos foram muito importantes na minha aprendizagem profissional não só a nível de enriquecimento científico, mas também a nível de gestão.
Links
Testemunho de Andreia Costa sobre o projeto OLI+INP2020