A propósito do Dia Internacional da Mulher entrevistamos Maria João Alegria, Gestora de Investigação Aplicada na SUMOL+COMPAL

Maria João Alegria tem 58 anos é casada, com 2 filhos. Licenciou-se em Química Tecnológica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (pré-Bolonha). O primeiro emprego foi na Quimigal, no Barreiro. Está na SUMOL+COMPAL desde 1992, tendo passado por diversas funções (em áreas técnicas e de gestão), a mais recente, desde 2013, como Gestora de Investigação Aplicada na Direção Investigação e Desenvolvimento, assegurando a interface com a Academia e a coordenação de projetos IDT.

1. O que a atraiu para este mundo profissional, i.e., a indústria?

Ainda no Secundário tive o privilégio de ter aulas com duas professoras de química extraordinárias (Mª Helena Tão e Alice Maia Magalhães). Elas traziam para a sala de aula o fascínio dos processos químicos e foram uma inspiração para a escolha do curso, onde via a possibilidade de aprofundar esses conhecimentos e a sua aplicação. Mas, ao mesmo tempo, não era tanto a escala industrial que me atraía, e sim a transferência de conhecimento da Academia para o mundo empresarial, o scale up e o controlo da qualidade, que o ramo da Química Tecnológica tão bem representava. E depois, quando se chega a esse mundo empresarial, vão-se abrindo portas noutros domínios que correspondem a verdadeiros desafios que não se podem recusar, porque são eles próprios outras formas de contribuir para o desenvolvimento da indústria.

2. Qual foi o momento mais emocionante no seu trajeto profissional?

É sempre difícil escolher um momento, em particular, quando a história já vai longa.  No entanto, e podendo parecer bizarro, posso eleger como momento mais emocionante ver acontecer o Flashmob da Frutologia, que organizei em 2011 quando era responsável pela área da Responsabilidade Social, possivelmente por ser o mais distante das minhas competências técnicas e, por isso, dos mais desafiantes.

3. O projeto cLabel+ é um projeto de investigação e desenvolvimento tecnológico centrado na resposta aos desafios que se colocam à indústria alimentar. O que destacaria neste projeto?

Quero em primeiro lugar, destacar a cooperação entre as várias entidades do consórcio para ultrapassar quer os desafios científicos e tecnológicos, inerentes a projetos IDT, quer os constrangimentos que este novo mundo incerto nos vai apresentando. Naturalmente são igualmente de destacar os temas que elegemos para endereçar no projeto, na medida em que estão intimamente ligados a desafios societais no âmbito da nutrição e comportamento dos consumidores.

4. E Gerir o tempo? Qual o segredo?

Na gestão do meu tempo dou por mim a aplicar a máxima: Não sabendo que era impossível, foi lá e fez! 

5. A sua experiência com os Fundos da União Europeia… fizeram a diferença no âmbito do seu trajeto profissional?

A minha experiência com os Fundos da União Europeia em projetos IDT confunde-se praticamente com a experiência da SUMOL+COMPAL neste domínio e, por essa via, moldaram claramente a construção da função que hoje em dia asseguro.


Links

Entrevista a Maria João Alegria sobre o projeto cLabel+

Website do projeto cLabel+

 

 

 

 

06/03/2023 , Por Miguel Freitas
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