Qualify.teca - Alavancar o cluster empresarial da fileira ‘Equipamentos, Serviços e Ingredientes para a Indústria Alimentar’
António Pinto Moreira | Diretor Executivo da AECOA
"Promover a agregação e o reconhecimento da fileira ‘Equipamentos, Serviços e Ingredientes para a Indústria Alimentar’, regional, nacional e internacionalmente, como um cluster de peso para a economia portuguesa, é a missão do ‘Qualify.teca’, um projeto executado pela AECOA, em parceria com a AEA", afirma António Pinto Moreira, Diretor Executivo da AECOA, em declarações ao COMPETE 2020.
Oliveira de Azeméis tem indústrias de vários setores agroalimentares: descasque e embalamento de arroz, laticínios, produção de vinho verde (região demarcada), transformação de cereais, fabrico de bebidas espirituosas.
Tem também setores a montante, que são importantes para a cadeia de valor alimentar, como metalomecânicas de inox, linhas de enchimento, fermentadores, sistemas de movimentação e logística, que são classificadas como de média-alta tecnologia.
Em face a isto, construiu-se a ideia de clusterização, a montante da indústria alimentar, de uma fileira constituída por empresas transformadoras que têm em comum tecnologias e mercados, pois são fornecedoras da indústria alimentar.
A fileira "Equipamentos, Serviços e Ingredientes para a Indústria Alimentar" é composta de um grande número de setores de atividade económica, desde atividades industriais de média-alta intensidade tecnológica até serviços com elevado conteúdo de conhecimento e que têm passado por um processo de transformação e modernização. Até à data ainda não houve em Portugal uma tentativa de clusterização desta fileira capaz de aportar maior capacidade.
O Projeto
Estudos e planos, plataformas digitais e Apps, benchmarks, redes e networking, fontes de financiamento e perfis de investidores são apenas alguns dos benefícios que o projeto ‘Qualify.teca’ vai oferecer à fileira ‘Equipamentos, Serviços e Ingredientes para a Indústria Alimentar’. Alavancar este cluster empresarial, “um setor de grande relevância e peso para a região”, no entendimento de António Pinto Moreira, diretor executivo da Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis (AECOA), é objetivo prioritário.
Na estrutura do projeto, “para a especialização inteligente da fileira contribuem ações coletivas alinhadas em três eixos centrais de inovação, ou seja, a Economia 4.0, a Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental, e a Literacia Financeira e acesso a financiamento”, adianta o responsável executivo da AECOA, entidade promotora do ‘Qualify.teca’, que divide a responsabilidade da execução deste projeto com a Associação Empresarial de Águeda (AEA).
Projeto a ‘velocidade cruzeiro’
De acordo com Pinto Moreira, o projeto ‘Qualify.teca’ foi apresentado publicamente, em seminário de formato híbrido, a 05 de maio último. A 27 de outubro teve lugar uma sessão tecnológica de demonstração i4.0, com especialistas académicos do INOV INESC (Lisboa) e INESC TEC (Porto), a que se juntaram colegas da ESAN – UA (Oliveira de Azeméis, Aveiro). Neste encontro a oportunidade para a exposição e posterior debate de temas como Fabrico Aditivo, CPS (Cyber Physical Systems), IoT (‘internet of things’), IoS (‘internet of services’), Robótica e realidade aumentada, Smart Factory / Smart Products, em painel alargado a diversas empresas da região e moderado por um especialista em inovação e empreendedorismo tecnológico. “Outras sessões do género estão já agendadas, no âmbito da economia circular e literacia financeira. Todas as ações, estudos, diretórios das empresas da fileira, entre outros produtos e serviços, vão ficando disponíveis na plataforma do projeto já lançada (qteca.aecoa.pt), conforme vão sendo concretizadas”, remata o mesmo responsável.
COMPETE 2020: apoio imprescindível para o projeto
“Ao agregarem-se e assumirem-se como fileiras empresariais, outros setores conseguiram conquistar maior força e capacidade de inovação e empreendedorismo, modernizaram-se e tentaram acompanhar a vanguarda tecnológica e de vendas, acabando por conquistar largas franjas do mercado e taxas de exportação significativas. Disto resultou o reconhecimento de diversos clusters industriais de relevo”, exemplifica Pinto Moreira. Assim, prossegue, “também as empresas a montante da indústria alimentar podem perfeitamente enveredar por esta estratégia agregadora, que já demonstrou ser eficiente. No caso da fileira dos ingredientes, dos serviços e dos equipamentos para a indústria alimentar – um setor com grande representatividade nesta região –, esta estratégia faz também todo o sentido. Temos de começar pelos ‘alicerces’ do processo, nomeadamente pela construção da imagem do cluster, divulgá-la e ‘vendê-la’, em Portugal e no estrangeiro. É isso, também, que se pretende com o projeto do ‘Qualify.teca’, uma missão que só é possível materializar graças ao apoio do COMPETE 2020, neste caso através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional”.
O Apoio do COMPETE 2020
O projeto conta com o apoio do COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Apoio a Ações Coletivas, envolvendo um investimento elegível FEDER de 678 mil euros o que resultou num incentivo FEDER de 576 mil euros.
Links
AECOA: Website
AEA: Website