José Pereira de Sousa exporta rolhas de cortiça natural e aglomeradas
No âmbito da iniciativa “COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”, o presidente do COMPETE 2020, Rui Vinhas da Silva, descreve a empresa da seguinte forma:
“A José Pereira de Sousa é uma empresa exportadora de rolhas de cortiça natural e aglomeradas. A empresa aposta na inovação e no entendimento cabal de requisitos de mercado como elementos cruciais para um sucesso continuado, alicerçado numa perspetiva verticalizada do negócio que atravessa atividades desde a transformação à comercialização de rolhas de cortiça para o mercado internacional.”
Breve histórico da empresa
José Pereira de Sousa, em 1966, iniciou a atividade na produção de rolhas de cortiça natural. Em 1972 iniciou a construção das próprias instalações fabris. Em 01.01.2010, por transferência da totalidade do património afeto à atividade do empresário em nome individual, foi constituída a empresa "José Pereira de Sousa, Lda". A natureza jurídica é de uma Sociedade por Quotas, sendo o principal objeto social a Indústria transformadora de cortiça. A Gerência é constituída por: José Pereira de Sousa, José Alves de Sousa e José António Gomes Rodrigues. Durante estes 50 anos, adquirimos um vasto conhecimento no sector corticeiro. Sempre se procurou inovar, acompanhando sempre as novas tecnologias. Atualmente a empresa tem 30 trabalhadores pertencentes ao quadro da empresa, com constantes formações. Mais de 90% das nossas vendas destinam-se à exportação. Sempre atentos às movimentações dos mercados, e com uma gestão futura assegurada, pensamos em aumentar as nossas instalações fabris.
Iniciativa “ COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”
“O sector da cortiça é globalmente dinâmico, caracterizando-se pelo empreendedorismo dos seus players que apostam em estratégias de diversificação de produto e mercado na procura de vantagens sustentadas no mercado global.” Foi assim que o presidente do COMPETE 2020, Rui Vinhas da Silva, caracterizou o sector da cortiça após uma visita de quatro dias a várias empresas espalhadas por todo o país.
Inserida na iniciativa “COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”, o programa, de 12 a 15 de janeiro de 2016, contou com a visita a 21 unidades industriais representativas dos diferentes subsectores da indústria da cortiça e, ainda, um encontro com mais quatro empresários que apresentaram as suas empresas no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, em Coruche. Deste roteiro fez ainda parte a visita às três entidades representativas do sector: o Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça (Cincork), o Centro Tecnológico da Cortiça (Ctcor), e a Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor) - entidade responsável pela organização das visitas.
O presidente do COMPETE 2020 salientou que “o sector da cortiça aposta em vantagens competitivas sustentáveis a montante na cadeia de valor, traduzido em processos produtivos eficientes e, a jusante, através da satisfação de requisitos de clientes exigentes em mercados diferenciados.” Assinalou, ainda, que “muitas empresas têm dotações de tecnologia e equipamento semelhantes, mas é o espírito empreendedor e a visão do empresário que fazem a diferença entre o sucesso e o insucesso.” Ao nível da tecnologia e dos processos produtivos, Rui Vinhas da Silva, destacou que as empresas do sector da cortiça são “dotadas de tecnologia sofisticada, demonstram uma preocupação constante com a gestão de processos de melhoria contínua através da adoção de sistemas e técnicas de gestão modernas e possuem elevado know-how, conhecimento profundo de processos produtivos e do mercado global.”
Rui Vinhas da Silva constatou, ainda, que o setor da cortiça “aposta em estratégias de diversificação de produto e mercado, ancoradas numa filosofia de inovação constante.” E afirmou: “é um sector com um forte entendimento dos ditames da competitividade da economia e dos requisitos do mercado global.”
Para o presidente do COMPETE 2020 existem “noções estereotipadas acerca do nível de desenvolvimento do país e da sua indústria e que levam, frequentemente, compradores, em contexto de B2B (business to business) e, principalmente, B2C (business to consumer), a ter menor disponibilidade na preferência de produtos de origem portuguesa ou a imporem tetos psicológicos de preço acima dos quais não estão disponíveis a pagar. Esta realidade tem vindo, progressivamente, a mudar, mas ainda há muito trabalho a fazer para que os produtos portugueses de elevada qualidade intrínseca consigam ser percebidos como tal e assim possam comandar prémios de preço em mercados exigentes junto de consumidores sofisticados e de elevado rendimento disponível. Estes estereótipos negativos do país de origem do produto cruzam sectores de atividade económica e são transferidos para produtos que muitas vezes não estão sequer relacionados entre si.” E concluiu: “a imagem externa do país poderá ser uma forte condicionante da agregação de valor a bens transacionáveis e da competitividade da economia portuguesa no mercado global. A realidade tem vindo a mudar mas há, ainda, um longo caminho a percorrer.”