Comissão Europeia põe em destaque a forma como a ciência e a inovação podem beneficiar o património cultural europeu
Mais de 300 000 pessoas trabalham no setor do património cultural da UE, representando a Europa, enquanto região, quase metade da Lista do Património Mundial da UNESCO, graças aos seus 453 sítios nela inscritos. Além disso, 7,8 milhões de postos de trabalho na UE estão indiretamente ligados ao património (por exemplo, no setor do turismo, da interpretação e da segurança).
Foi por isso, e também porque alguns dos tesouros do património cultural estão atualmente ameaçados ou a ser destruídos deliberadamente em zonas de conflito, que a Comissão considerou que o património cultural merecia um ano europeu em 2018. A Decisão do Conselho e do Parlamento Europeu no sentido de designar 2018 como o Ano Europeu do Património Cultural foi adotada em 17 de maio de 2017, com base na proposta da Comissão de 30 de agosto de 2016.
A investigação e a inovação podem fomentar soluções tecnologicamente inteligentes e avançadas para fazer face aos desafios que a Europa enfrenta para tentar proteger e beneficiar do seu património cultural. Entre os temas a debater hoje encontram-se as medidas adotadas pela Comissão Europeia para contribuir para as sinergias a longo prazo entre a ciência, a investigação, a inovação e a cultura, em benefício do património cultural. Entre esses temas incluem-se a disponibilização do acesso digital a sítios inacessíveis fisicamente, a ajuda para preservar artefactos de valor inestimável e a exploração de novas formas de valorizar o património cultural para as indústrias criativas.
O Comissário Navracsics, responsável pela Educação, Cultura, Juventude e Desporto, afirmou: «Precisamos de preservar o nosso património cultural para as gerações futuras. A investigação e a inovação são as nossas grandes aliadas — oferecem soluções e tecnologias avançadas para atingir este objetivo. Estamos a utilizar a oportunidade do Ano Europeu do Património Cultural para chamar a atenção para projetos de longo prazo destinados a proteger e promover o património cultural.»
O Comissário Moedas, responsável pela investigação, Ciência e Inovação, declarou: «O património cultural é uma fonte inesgotável de inovação, onde as tradições vão ao encontro das tecnologias de ponta, A nossa ambição é tornar a Europa líder mundial em matéria de inovação com base no património, com o apoio do Horizonte 2020, o programa de financiamento da UE em matéria de investigação e inovação.»
A Comissária Gabriel, responsável pela Economia e Sociedade Digitais, declarou: As inovações tecnológicas e digitais têm um potencial único visto que facilitam o acesso ao nosso património de uma forma que nunca foi realizada na nossa história. Por exemplo, a plataforma em linha Europeana não é apenas um cofre digital que preserva o nosso património cultural, mas um canal e uma porta aberta para o nosso passado, presente e futuro.
Na conferência de hoje a Comissão também apresentará a sua revisão da política a seguir no domínio da «Inovação na investigação do Património Cultural», que avalia a investigação financiada pela UE em matéria de património cultural e propõe melhorias ao Programa-Quadro Europeu na área da investigação após 2020. Entre 2014 e 2020, está previsto que a UE invista 500 milhões de EUR na investigação e inovação na área do património cultural. A revisão é apenas um elemento do denominado pilar da inovação do Ano Europeu do Património Cultural. O pilar da inovação é constituído por três projetos — geridos pela Comissão com os Estados-Membros da UE, o Conselho da Europa e as universidades europeias — com vista a melhorar as competências dos europeus sobre o património cultural, envolver melhor os cidadãos nas decisões sobre o património cultural, e promover o papel da ciência e das tecnologias no domínio do património cultural.
Fonte : Representação da Comissão Europeia em Portugal.