Apresentação do estudo Definição de Iniciativas de Políticas Públicas para a I4.0
No contexto das atividades do COMPETE 2020 no projeto InnoProvement, foi elaborado pelo Professor António Grilo, da FCT/UNL , um estudo com o objetivo de analisar e explorar as políticas públicas e programas existentes relacionados com a Indústria 4.0 em Portugal, que incluem iniciativas em curso, programas de ensino superior e boas práticas. De acordo com o relatório apresentado aos stakeholders do projeto e que agora de torna público , as Políticas Públicas em Portugal para a Indústria 4.0 caracterizam-se por ter um amplo leque de iniciativas diretas e indiretas, apoiadas por diferentes mecanismos de incentivo, dirigidas a diversos agentes e foram concebidas considerando que não deve haver uma forma única de potencializar o potencial das PMEs e grandes Empresas na sua evolução para a Indústria 4.0. Foram identificadas quatro boas práticas de Políticas Públicas em Portugal para a Indústria 4.0 para PMEs: i) um processo de Orquestração de Bottom-up para a Estratégia da Indústria 4.0, em que o papel do governo foi organizar o envolvimento de um vasto leque de partes interessadas; ii) delegação da função de gestão e acompanhamento da Estratégia I.40 à COTEC, uma entidade independente, que dinamizou a execução e o acompanhamento da estratégia através de um conjunto de ações que beneficiaram da proximidade da COTEC com empresas privadas, públicas organizações e associações setoriais; iii) correspondência das iniciativas do programa Indústria 4.0 com as necessidades das PMEs, medida pela magnitude dos incentivos atribuídos às PME, mas também pelo grande número de empresas industriais que se candidataram e beneficiaram dos fundos, o que demonstra que a conceção das iniciativas foi objetiva, pois tiveram extrema aderência por parte dos segmentos-alvo; e iv) o forte envolvimento de partes interessadas públicas e privadas, incluindo grandes empresas multinacionais e organismos intermédios públicos que têm a responsabilidade de gerir os fundos estruturais e incentivos.
O relatório também apresenta uma visão geral das políticas públicas nacionais e regionais para impulsionar a Indústria 4.0 na Finlândia, República Checa, Grécia, Itália, Hungria e Polónia, e discute o caso da Alemanha como pioneira na Indústria 4.0.