António Almeida Cortiças: uma empresa do sector corticeiro cujo enfoque é o segmento das rolhas de cortiça
“A António Almeida Cortiças, S. A é uma empresa do sector corticeiro cujo enfoque é o segmento das rolhas de cortiça”, palavras de Rui Vinhas da Silva, presidente do COMPETE 2020, ao descrever esta empresa. O presidente acrescenta, ainda que “a AAC especializa-se na produção de rolhas técnicas 1+1 e de rolhas de aglomerado e tem ao longo dos anos demonstrado uma evidente orientação de mercado que se manifesta na forma como acompanha a evolução do mundo dos vinhos e procura sistematicamente soluções que respondam a requisitos de mercado diferenciados por geografia e por preferências específicas de consumidores exigentes em mercados competitivos.”
Breve histórico da empresa
A António Almeida Cortiças, S.A. iniciou a atividade em setembro de 1969. É uma empresa do sector corticeiro vocacionada para o segmento das rolhas de cortiça.
A empresa está certificada pelas normas NP EN ISO 9002 desde 1997, atualmente NP EN ISO 9001:2000. Foi das primeiras empresas corticeiras a aderir e a certificar-se pelo Código Internacional das Práticas Rolheiras (Systcode), estando certificada por este sistema em todas as áreas em que atua.
Em finais da década 90 foi integrada uma unidade de desenvolvimento de novos produtos / processos no seu departamento de qualidade, com o objetivo de analisar produtos e processos para melhorar o comportamento dos produtos fabricados, rolhas de cortiça, mas também para antecipar as expectativas e exigência das caves de vinhos.
Dentro desta dinâmica de diversificação do leque de produtos produzidos, no ano de 2000, AAC iniciou a produção de rolhas técnicas 1+1 e de rolhas de aglomerado. No ano de 2004, AAC alargou a gama de produtos produzidos para as rolhas de micro-aglomerado.
As instalações da empresa ocupam uma área coberta de 17.450 m2 inseridas num terreno com cerca de 35.000 m2.
Iniciativa “ COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”
“O sector da cortiça é globalmente dinâmico, caracterizando-se pelo empreendedorismo dos seus players que apostam em estratégias de diversificação de produto e mercado na procura de vantagens sustentadas no mercado global.” Foi assim que o presidente do COMPETE 2020, Rui Vinhas da Silva, caracterizou o sector da cortiça após uma visita de quatro dias a várias empresas espalhadas por todo o país.
Inserida na iniciativa “COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”, o programa, de 12 a 15 de janeiro de 2016, contou com a visita a 21 unidades industriais representativas dos diferentes subsectores da indústria da cortiça e, ainda, um encontro com mais quatro empresários que apresentaram as suas empresas no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, em Coruche. Deste roteiro fez ainda parte a visita às três entidades representativas do sector: o Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça (Cincork), o Centro Tecnológico da Cortiça (Ctcor), e a Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor) - entidade responsável pela organização das visitas.
O presidente do COMPETE 2020 salientou que “o sector da cortiça aposta em vantagens competitivas sustentáveis a montante na cadeia de valor, traduzido em processos produtivos eficientes e, a jusante, através da satisfação de requisitos de clientes exigentes em mercados diferenciados.” Assinalou, ainda, que “muitas empresas têm dotações de tecnologia e equipamento semelhantes, mas é o espírito empreendedor e a visão do empresário que fazem a diferença entre o sucesso e o insucesso.” Ao nível da tecnologia e dos processos produtivos, Rui Vinhas da Silva, destacou que as empresas do sector da cortiça são “dotadas de tecnologia sofisticada, demonstram uma preocupação constante com a gestão de processos de melhoria contínua através da adoção de sistemas e técnicas de gestão modernas e possuem elevado know-how, conhecimento profundo de processos produtivos e do mercado global.”
Rui Vinhas da Silva constatou, ainda, que o setor da cortiça “aposta em estratégias de diversificação de produto e mercado, ancoradas numa filosofia de inovação constante.” E afirmou: “é um sector com um forte entendimento dos ditames da competitividade da economia e dos requisitos do mercado global.”
Para o presidente do COMPETE 2020 existem “noções estereotipadas acerca do nível de desenvolvimento do país e da sua indústria e que levam, frequentemente, compradores, em contexto de B2B (business to business) e, principalmente, B2C (business to consumer), a ter menor disponibilidade na preferência de produtos de origem portuguesa ou a imporem tetos psicológicos de preço acima dos quais não estão disponíveis a pagar. Esta realidade tem vindo, progressivamente, a mudar, mas ainda há muito trabalho a fazer para que os produtos portugueses de elevada qualidade intrínseca consigam ser percebidos como tal e assim possam comandar prémios de preço em mercados exigentes junto de consumidores sofisticados e de elevado rendimento disponível. Estes estereótipos negativos do país de origem do produto cruzam sectores de atividade económica e são transferidos para produtos que muitas vezes não estão sequer relacionados entre si.” E concluiu: “a imagem externa do país poderá ser uma forte condicionante da agregação de valor a bens transacionáveis e da competitividade da economia portuguesa no mercado global. A realidade tem vindo a mudar mas há, ainda, um longo caminho a percorrer.”
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