Covid-19: Centenas de empresas do setor têxtil dispostas a produzir equipamento para os hospitais
Em articulação com os ministérios da Saúde e da Economia e da Transição Digital, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) e o CITEVE apelaram às empresas do setor têxtil para contribuírem para o fornecimento de equipamento hospitalar, para dar resposta ao sistema de saúde. A resposta, e solidariedade, foi avassaladora.
1. Síntese
Os profissionais de saúde portugueses, à semelhança de outros países como Espanha e Itália têm alertado para a falta de equipamento de proteção, nomeadamente máscaras e fatos de circulação.
Em articulação com os ministérios da Saúde e da Economia e da Transição Digital, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) e o CITEVE estão a coordenar uma bolsa de empresas para dar resposta ao sistema de saúde em termos de equipamentos têxteis hospitalares. Já foram feitos testes para verificar requisitos específicos dos materiais que podem ser utilizados e entregues às empresas os dossiers técnicos de fabrico. É preciso garantir segurança do produto e fazer ponte entre as necessidades e quem pode produzir.
2. Enquadramento
Foi solicitado às empresas que tivessem experiência, disponibilidade e pudessem colaborar para fornecer ou contribuir para fornecimento de equipamento têxtil para os hospitais, que obedecem a requisitos técnicos específicos, que comunicassem essa possibilidade com maior urgência possível.
Em declarações à agência Lusa, Mário Jorge Machado, presidente da ATP disse que “somos um povo solidário e neste caso o nosso sistema nacional necessita", tendo a resposta superado todas as expectativas. A Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC) anunciou que várias empresas da fileira portuguesa do têxtil e vestuário disponibilizaram o seu conhecimento e capacidade produtiva "para fazer equipamentos de proteção" no combate ao Covid-19.
Os artigos para produção estão divididos por quatro segmentos:
- EPI – Equipamentos de Proteção Individual
- Fardamentos
- Vestuário de Paciente
- Cama e Higienização
Tendo em conta que o equipamento hospitalar obedece a requisitos técnicos específicos, os laboratórios do CITEVE estiveram a testar diversos materiais, para avaliar aqueles que podem corresponder a essas exigências específicas, explicou Braz Costa, diretor geral. É o caso específico das máscaras cirúrgicas, que têm que garantir filtragem e respirabilidade e para ambiente hospitalar são mais exigentes que para o público em geral.
Assim, as fichas técnicas para as máscaras faciais destinadas a profissionais de saúde e a doentes e as destinadas ao publico em geral (nomeadamente a trabalhadores de várias indústrias que isso exigem) ainda estão em desenvolvimento.
As empresas que aderiram a este apelo podem produzir de acordo com as exigências das autoridades de saúde. O acesso às fichas técnicas pode ser feito através do formulário disponível em: https://bit.ly/2R2Trye.
Entretanto, está a ser criado com o Ministério da Saúde e o Ministério da Economia e da Transição Digital um eMarketPlace onde procura e oferta se possam cruzar.
3. Links úteis
Websites
Fontes: Jornal T, CITEVE e Lusa
01/04/2020 , Por Cátia Silva Pinto
Portugal 2020