Soluções integradas de bioeconomia para a mobilização da cadeia alimentar é o âmbito do projeto mobilizador BIOma, cofinanciado pelo COMPETE 2020, que reúne um consórcio de 24 entidades nacionais inseridas na fileira agroalimentar com o objetivo de reposicionar a cadeia de valor agroalimentar em patamares mais competitivos e sustentáveis, conforme explica Délio Raimundo, Head of Quality and R&D na Campotec.

 

 

 

 

 

O projeto “BIOma – Soluções integradas de BIOeconomia para a Mobilização da cadeia Agroalimentar” é liderado pela Campotec IN e pretende reposicionar as empresas da cadeia de valor agroalimentar em patamares mais competitivos e sustentáveis, através da promoção de estratégias inovadoras para a adoção de soluções integradas de Bioeconomia. Para o efeito, ao longo de 36 meses serão realizadas 25 atividades de investigação e desenvolvimento que pretendem endereçar as seguintes áreas temáticas:

 

• Sustentabilidade: Criar uma metodologia única de avaliação de sustentabilidade para a cadeia de valor agroalimentar (Sustainability Index for Bioeconomy), baseada na elaboração de um índice automático suportado na digitalização dos pontos críticos de atuação;

• Desperdício alimentar: Dar resposta à problemática do desperdício alimentar, através da investigação e desenvolvimento de soluções para a monitorização do desperdício no canal HoReCa (hóteis, restaurantes e catering) e para o combate ao desperdício alimentar, através do aumento do tempo de conservação dos produtos;

• Valorização de subprodutos e resíduos agroalimentares: Desenvolver e implementar diferentes métodos de extração de substâncias ativas a nível industrial, dado o seu valor na cadeia agroalimentar como novos ingredientes funcionais;

• Rastreabilidade: Investigar e desenvolver uma solução de rastreabilidade para toda a CVAA, desde a produção primária, transporte/logística, transformação, retalho/restauração e consumidor, suportada por uma plataforma digital integradora, interoperável e inviolável;

• Ecossistema digital: Desenvolver uma plataforma digital integradora e suportada em metodologias de campos abertos para a demonstração de soluções em ambiente real: Test Before Invest, com o objetivo de potenciar a adoção de soluções de Bioeconomia, bem como a transformação digital da CVAA.

 

 

 

O projeto BIOma assume uma elevada importância estratégica para o desenvolvimento da economia portuguesa, tendo definido como principais objetivos globais:

 

• Suportar a estratégia nacional para a Bioeconomia;

• Contribuir para a estratégia nacional e europeia de digitalização da indústria;

• Apoiar as prioridades e aspirações do desenvolvimento sustentável global para 2030 (objetivos de desenvolvimento sustentável - ODS);

• Aumentar a competitividade dos agentes económicos da cadeia de valor agroalimentar;

• Standarizar a avaliação da sustentabilidade da cadeia de valor agroalimentar;

• Reduzir o desperdício alimentar através de soluções tecnológicas;

• Valorizar resíduos e subprodutos agroalimentares para o desenvolvimento de produtos de base biológica;

• Rastrear todas as etapas da cadeia de valor agroalimentar;

• Promover a adoção de soluções tecnológicas na cadeia de valor agroalimentar;

 

 

Segue-se um resumo dos principais resultados de I&D que se esperam obter até junho de 2023:

 

• Sustainability Index For Bioeconomy (siBIO) – metodologia disruptiva que permite a avaliação padronizada e parametrizada da sustentabilidade de uma determinada cadeia de valor;

• BIOsave: plataforma modular de apoio à redução do desperdício alimentar FoodSaver, que em linha com as premissas da lei 34/2019, de 22 de maio, permitirá definir os critérios de seleção e aquisição de produtos alimentares, promovendo o consumo sustentável de produção local nas cantinas e refeitórios públicos, os Circuitos Curtos Agroalimentares;

• BIOsave: conservantes Naturais sem toxicidade e filmes naturais conservantes para revestimento interno de películas e embalagens de produtos alimentares;

• BIOvalue: novos ingredientes bioativos com propriedades funcionais extraídos a partir dos desperdícios alimentares e agroindustriais;

• BIOtrace: solução de rastreabilidade para toda a CVAA, modular suportada por uma plataforma digital integradora, interoperável e inviolável;

• BIOecosystem: criação de um ecossistema de inovação de âmbito internacional que promova a transformação digital do setor e acelere a adoção de tecnologias inovadoras que potenciem ganhos de competitividade.

 

 

O projeto BIOma é liderado pela empresa Campotec IN e reúne um consórcio alargado de 24 entidades nacionais, com competências multidisciplinares e complementares, que irão cooperar ativamente na prossecução dos objetivos gerais e estratégicos apresentados.

 

 

 

• CAMPOTEC IN - Conservação e Transformação de Hortofrutícolas, S.A. 

• ANSELMO MENDES Vinhos, Lda. 

• SGS PORTUGAL - sociedade geral de superintendência, S.A.. 

• DEIFIL Technology Lda

• SORTEGEL - produtos congelados, s. A. 

• FOODINTECH LDA 

• SILVEX - Indústria de Plásticos e Papéis, S.A 

• ITAU - Instituto Técnico de Alimentação Humana, SA 

• BRIDGEPOINT Engenharias de Sistemas LDA 

• INOVA+ - Innovation Services, S.A 

• ACUSHLA, S.A. 

• SONAE MC - Serviços Partilhados, S.A. 

• TJA - Transportes J. Amaral, S.A. 

 

 

• LIPOR - Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto 

• Universidade do Porto – Faculdade de Engenharia 

• Universidade do Porto – Faculdade de Ciências 

• Universidade do Porto – Faculdade de Farmácia

• Instituto de Soldadura e Qualidade

• MORE - Laboratório Colaborativo Montanhas De Investigação – Associação

• Instituto Politécnico Santarém

• Instituto Politécnico de Bragança

• Instituto Politécnico de Viana do Castelo

• Universidade de Évora

• Universidade Católica Portuguesa

 

 

O projeto, promovido por um consórcio liderado pela Campotec IN, reunindo um total de 24 entidades, conta com o apoio do COMPETE 2020 no âmbito do Sistemas de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (Programas Mobilizadores), envolvendo um investimento elegível de 6,3 milhões de euros o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 4,3 milhões de euros.

 

 

Website do projeto