MAGAL Constellation: Monitorização dos oceanos

Conversámos com Arlindo Marques, Space Technical Manager na Efacec sobre o projeto MAGAL Constellation e o papel relevante do apoio dos fundos comunitários para alavancar o mesmo.  
 
Arlindo Marques | Space Technical Manager na Efacec
 
1. Entrevista
 
1.1 • Quais foram os principais desafios com que se deparam no desenvolvimento do projeto?
 
O projeto envolve dois grandes desafios: Trazer para o domínio dos “pequenos satélites” a monitorização dos oceanos através do projeto de uma constelação e desenvolver um altímetro-RADAR também de pequenas dimensões. 
 
O primeiro desafio tem o objetivo de levar a Efacec e as restantes empresas a um degrau mais alto na cadeia de valor, algo que a indústria portuguesa ambiciona há muito e que o projeto MAGAL ajudará a concretizar. 
 
O segundo desafio tem como ponto de partida o modelo de engenharia do altímetro-RADAR que a Efacec desenvolveu para a ESA mas, logicamente, miniaturizá-lo e aumentar-lhe o alcance contempla um nível de complexidade que não se resolve de um dia par o outro.
 
As consequências da pandemia também têm sido um desafio ao desenvolvimento do projeto, os quais temos tentado compensar com a antecipação e realização paralela de outras atividades de desenvolvimento, nomeadamente as atividades de conceção da arquitetura e sistema a correrem em paralelo.
 
1.2 • Os objetivos definidos para o projeto foram alcançados? 
 
Apesar dos desafios, os objetivos vão sendo alcançados e o projeto progride com passo firme almejando alcançar a totalidade dos objetivos estipulados aquando do seu lançamento.
 
 
1.3 • De entre os resultados alcançados, há algum que gostariam de destacar?
 
O consenso alargado, alcançado na definição dos objetivos, use cases e requisitos para a constelação MAGAL.
 
A orbita pré-selecionada para a operação da Constelação MAGAL, SSO a cerca de 500km de altitude com seis satélites num único plano orbital, vai permitir atingir um dos objetivos do projeto, nomeadamente a melhoria da resolução temporal / espacial dos atuais sistemas de monitorização dos Oceanos.
 
Paralelamente e no que respeita ao segundo desafio, as analises e estudos efetuados sobre o altímetro RADAR, apontam para que a sua miniaturização e compatibilidade com a constelação em conceção seja exequível e viável.
 
1.4 • Qual o contributo do COMPETE 2020 para o percurso da Vossa empresa?
 
Este programa de financiamento está a permitir acelerar os conceitos de miniaturização para a área de satélites de baixo custo com impactos imensos do lado da democratização de acesso à tecnologia espacial, do lado da produção de dados informativos que estão na base do fornecimento de serviços inovadores, e do lado da competitividade e relevância da EFACEC em toda essa cadeia de valor.
 
2. Apoio do COMPETE 2020
 
O projeto MAGAL Constellation foi cofinanciado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Sistemas de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Empresarial - na vertente em copromoção, Parcerias Internacionais - envolvendo um investimento elegível de cerca de 1,9 milhões de euros, o que resultou num incentivo FEDER de cerca de um milhão de euros.
 
3. Links
 

19/01/2022 , Por Cátia Silva Pinto
Portugal 2020
COMPETE 2020
União Europeia