Glaucoma: Investigação nacional desenvolve tratamento inovador

Cofinanciado pelo COMPETE 2020, o projecto siRNAGlau propõe uma nova terapia para o Glaucoma que visa controlar mais eficazmente a progressão da doença e evitar a subsequente perda de visão, com vantagens significativas sobre as atuais terapias e reduzindo o impacto de uma doença com um custo humano e económico extremamente pesado.
 
 
1. Síntese do projeto
 
O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo e não tem cura. O aumento da pressão intraocular é considerado o principal fator de risco para desenvolver glaucoma e os tratamentos têm sido direcionados para o controlo da pressão intraocular. Contudo, os tratamentos existentes não previnem a progressão da doença numa percentagem elevada dos doentes, e por essa razão são necessários novos tratamentos mais eficazes. 
 
Assim, controlar mais eficazmente a progressão do galucoma, uma doença ocular inicialmente assintomática é o principal objetivo do projecto siRNAGlau, liderado pela Phyzat Biopharmaceuticals - uma startup fundada há 5 anos no Porto – e á qual se juntaram investigadores do Centro de Investigação Farmacológica e Inovação Medicamentosa (MedInUP), do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto, em consórcio com o Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR).
 
No âmbito deste projeto, desenvolveram-se moléculas de siRNA, as quais têm um grande potencial para serem utilizadas no tratamento de glaucoma pretendendo-se testar a eficácia de dois novos fármacos de siRNA na redução da pressão intraocular em modelos animais de glaucoma e na proteção das células ganglionares da retina, as células que formam o nervo ótico, e também na redução de processos neuroinflamatórios na retina.
 
 
2. Apoio do COMPETE 2020
 
O projeto contou com o apoio do COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, na vertente em copromoção, envolvendo um investimento elegível de 740 mil euros, o que resultou num incentivo FEDER de 580 mil euros.
 
 
3. Links
 
 

30/07/2021 , Por Cátia Silva Pinto
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