InovPNT: Desenvolvimento de soluções termoplásticas inovadoras para tecidos não tecidos funcionais e antimicrobianos
O Projeto InovPNT visa impulsionar a utilização de substratos têxteis com propriedades antimicrobianas e de permeabilidade melhorada, através de tecnologias de processamento de materiais poliméricos termoplásticos funcionais, conjugadas com técnicas de processamento de tecidos não-tecidos (TNTs).
David Conceição, Gestor do InovPNT
“O projeto InovPNT constitui um desafio e uma proposta inovadora, enquadrada nas necessidades (a curto prazo) despoletadas pelo contexto atual associado à pandemia COVID-19. Pretende-se que, tendo como base o know-how de todos os intervenientes do consórcio – PIEP, Citeve e TrimNW – se desenvolvam materiais e produtos baseados em TNTs funcionais que apresentem uma resposta antimicrobiana eficiente, direcionada a equipamentos de proteção individual (EPIs) e/ou dispositivos médicos.
O sucesso de um projeto como este estará sempre relacionado com o apoio indispensável do COMPETE 2020, pelo estímulo que promoveu junto da indústria nacional, instituições do ensino superior e centros de interface tecnológico, e que, neste caso em particular, facilitou uma resposta e uma adaptação rápida do consórcio face às exigências do projeto, numa altura de incerteza em que todas as soluções contam e onde colaborações deste tipo são imperativas por forma a salvaguardarmos uma reação eficiente a curto/médio prazo.”
Enquadramento
O projeto surge da necessidade e procura crescente de materiais, componentes, equipamentos de proteção individual e dispositivos médicos que promovam um efeito de barreira melhorado, para o utilizador final, contra agentes infeciosos e microbianos. A situação atual, consequência da pandemia de COVID-19, veio reforçar essa necessidade, principalmente em grupos de risco como os profissionais de saúde que diariamente estão expostos a situações de contágio e de contaminação microbiana e os idosos, pessoas com patologias crónicas e/ou adquiridas que comprometam rapidamente o seu estado de saúde, e que estejam em contacto com profissionais de saúde.
As vivências dos últimos meses mostram que é fundamental uma evolução nos produtos de tecidos não-tecidos (TNTs) técnicos e funcionais, a nível nacional, com uma resposta melhorada ao nível das propriedades antimicrobianas, de forma a obter-se uma resposta autossustentável em tempos de crise sanitária, como a que se verifica atualmente.
O PIEP, juntamente com o Citeve, e a TrimNW, apresenta com este projeto uma estratégia que servirá como uma prova de conceito, assente nas competências e know-how adquirido do consórcio, para a validação de uma solução inovadora que possa ser utilizada no desenvolvimento futuro de novos produtos, direcionados para equipamentos de proteção individual (EPIs) e/ou dispositivos médicos, com capacidade de resposta imediata à pandemia atual, e, a longo prazo, a outras problemáticas relacionadas com questões de saúde pública e a metodologias terapêuticas específicas.
O Projeto
O projeto propõe o desenvolvimento de materiais termoplásticos inovadores com propriedades antimicrobianas e funcionais adequadas ao combate do novo coronavírus, que possam ser utilizados para a produção de filamento fino e/ou revestimentos termoplásticos para uma prova de conceito aplicada a TNTs funcionais. Pretende-se que, no final do projeto, se obtenha um substrato funcional de TNT antimicrobiano e funcional, validado experimentalmente do ponto de vista mecânico e toxicológico.
Concretamente, pretende-se que no final do tempo de execução do projeto o consórcio tenha conseguido desenvolver, com sucesso:
- Materiais termoplásticos funcionais (granulado, filamento, fibras e revestimentos), com propriedades antimicrobianas adequadas para o combate ao vírus SARS-CoV-2;
- Amostras de TNTs funcionais e eficientes contra o novo coronavírus, reutilizáveis e/ou recicláveis;
- Protótipo demonstrador das tecnologias desenvolvidas em formato de artigo EPI e/ou dispositivo médico específico.
Impacto do projeto
O desenvolvimento conceptual e fundamental característico do projeto, associado à adaptação de tecnologias existentes para o fabrico de produtos inovadores, é crucial no âmbito da situação pandémica atual, numa vertente do controlo e prevenção da doença, bem como na gestão de desperdícios gerados pelos produtos descartáveis subsequentes.
Adicionalmente, a inovação, a investigação e o desenvolvimento tecnológico são catalisadores para a expansão nacional, e também internacional, das empresas. A estratégia do projeto visa, por um lado, o desenvolvimento de soluções inovadoras mais eficientes enquadradas num contexto de crise sanitária, suportadas pelo know-how e competências técnicas das equipas do PIEP e CITEVE, e, de forma paralela, servirá para alavancar a indústria nacional dos TNTs, refletida neste consórcio na empresa TrimNW, direcionando-a para o fabrico produtos EPIs e/ou dispositivos médicos.
Apresentação do consórcio
O Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP) é uma associação privada sem fins lucrativos, de matriz tecnológica e científica, baseada num modelo de gestão empresarial. Apresenta um elevado conhecimento ao nível da investigação e desenvolvimento de metodologias de processamento por extrusão de compostos funcionais.
O CITEVE é uma entidade privada, sem fins lucrativos, de referência a nível nacional e internacional, reconhecida como sendo um promotor de inovação e desenvolvimento da Indústria Têxtil em diferentes áreas e como laboratório independente e acreditado para uma vasta gama de ensaios. Tem participado em inúmeros e diferentes projetos de I&D e transferência de tecnologia.
A TrimNW é uma empresa Portuguesa sediada em Santarém, especializada na fabricação de TNTs industriais ligeiros e de componentes têxteis termoconformados para a mobilidade. Num setor produtivo com características extremamente específicas, a TrimNW aposta na experiência, conhecimento e na constante inovação.
O Apoio do COMPETE 2020
O projeto foi cofinanciado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Empresas - COVID-19, envolvendo um investimento elegível de 315 mil euros, o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 261 mil euros.
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